Por Gabriel Codas
Investing.com - Em meio a um cenário contagiado pelos impactos do cornavírus na economia global, a Eneva (SA:ENEV3) decidiu mudar a estratégia para financiar a proposta de fusão com a AES Tietê (SA:TIET11). De acordo com a edição desta quarta-feira do Valor Econômico, a companhia tinha o objetivo inicial de usar R$ 2,75 bilhões em empréstimo bancário, com o restante no mercado de capitais.
Com isso, por volta das 11h37, as ações da Eneva tinham leve queda de 0,47% a R$ 31,95, com as da AES Tietê somando 3,51% a R$ 12,38.
Agora, informa a publicação, a Eneva pretende manter o empréstimo bancário até as condições do mercado de estabilizarem e poder acessar o mercado de capitais e de debêntures. As informações foram dadas em teleconferência com investidores, pelo diretor de Finanças da Eneva, Marcelo Habibe.
O executivo garantiu que a engenharia financeira para a operação está garantida no atual cenário. A proposta para a combinação de negócios envolve um valor de R$ 6,6 bilhões, sendo 60% em ações da nova companhia e 40% em dinheiro, que é válida até 30 de abril e precisa ser aprovada pelos acionistas. Depois disso, ainda depende de aval do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
A publicação destaca que, para que a proposta avance, é necessário que a AES Tietê convoque até segunda-feira uma assembleia de acionistas para deliberar sobre o tema.