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ENTREVISTA-Equatorial lança PDV na Ceal e busca ser consolidadora em distribuição

Publicado 19.03.2019, 15:50
Atualizado 19.03.2019, 15:55
© Reuters.  ENTREVISTA-Equatorial lança PDV na Ceal e busca ser consolidadora em distribuição

© Reuters. ENTREVISTA-Equatorial lança PDV na Ceal e busca ser consolidadora em distribuição

Por Luciano Costa

SÃO PAULO (Reuters) - A aquisição de concessionárias da estatal Eletrobras (SA:ELET3) no Piauí e no Alagoas colocou a Equatorial Energia (SA:EQTL3) em nova posição no setor de distribuição de eletricidade, no qual a empresa já operava ativos no Pará e no Maranhão, disse à Reuters nesta terça-feira o presidente do grupo privado, Augusto Miranda.

A companhia, que venceu no ano passado leilões de privatização da Cepisa e da Ceal, avalia que será possível recuperar "rapidamente" essas distribuidoras e está atenta a novas oportunidades de expansão, afirmou ele.

"Ontem assumimos a Ceal, e isso nos deixa muito confiantes. Serve para consolidar nossa posição de ser um consolidador nesse segmento", disse Miranda em entrevista por telefone à Reuters.

"A empresa tem uma área de M&A (fusões e aquisições) estruturada, e ela está todo dia olhando negócios, sempre olhando negócios que façam sentido", acrescentou.

No radar do grupo já há empresas cujos controladores têm dado sinais sobre a intenção de desinvestimento, disse Miranda, sem citar nomes.

Questionado sobre o caso da Light (SA:LIGT3), distribuidora que atua na região metropolitana do Rio de Janeiro e é controlada pela Cemig (SA:CMIG4), o executivo afirmou que um eventual apetite da Equatorial pelo ativo dependeria de uma avaliação de custos e benefícios.

Executivos da Cemig chegaram a prometer que a Light seria vendida ainda em 2018, mas não houve acordo com potenciais compradores e a empresa está agora em processo de incorporação pela elétrica mineira.

"A Light é eternamente um vai, vem, vai, vem... a gente tem de estar olhando os ativos importantes, e aí é uma questão de preço", disse Miranda.

"A gente está olhando tudo, mas não quer dizer que você vai querer tudo... você tem que ver se o negócio faz sentido."

A Equatorial já chegou a ter uma participação indireta na Light, por meio da Rio Minas Energia Participações (RME), antes de decidir sair do negócio em 2009.

Analistas do Itaú BBA escreveram em relatório em janeiro que veem a Equatorial como um dos players que poderiam disputar a Light em caso de venda da empresa pela Cemig, embora tenham ressaltado que a compra dos ativos da Eletrobras deve reduzir o apetite do grupo por crescimento.

PDV E "TURNAROUND"

A Equatorial lançou um programa de demissão voluntária (PDV) para funcionários da Ceal logo ao assumir a empresa, após iniciativa semelhante na Cepisa, onde a proposta recebeu adesão de cerca de 600 colaboradores até o momento, disse Miranda, sem comentar metas para os planos.

Ele explicou que as medidas fazem parte do plano da Equatorial para recuperar a lucratividade das empresas, o que passará também pela exploração de sinergias com as operações do grupo no Pará e no Maranhão, onde ela controla as distribuidoras Celpa e Cemar (SO:ENMA3B).

Essas duas elétricas, inclusive, são consideradas modelos pela Equatorial --tanto Cemar quanto Celpa foram compradas pela empresa por valores simbólicos de 1 real após dificuldades financeiras de seus controladores e transformadas em ativos lucrativos pelo grupo num curto espaço de tempo.

"De lá para cá, houve um aprendizado. Estruturamos toda a área corporativa da empresa, o que nos leva a ter certeza de que a gente vai fazer um 'turnaround' dessas empresas (compradas da Eletrobras) de uma maneira muito mais rápida do que imaginávamos... a gente tem um modelo consolidado para fazer", afirmou Miranda.

Ele apontou ainda que o combate à inadimplência será um dos focos nas concessionárias, que muitas vezes tinham dificuldades para cobrar principalmente clientes do poder público.

"Naturalmente, a relação dessas empresas com prefeitos era um pouco delicada, é bem diferente de uma atuação de uma empresa privada", afirmou.

Outras prioridades serão a busca por ganhos de eficiência e o combate às perdas de energia, geralmente associadas a ligações ilegais.

(Por Luciano Costa)

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aqui no Pará a empresa responde por várias irregularidades, dentre as quais a cobrança abusiva nos preços dos seus serviços. Contas que não passavam de 80 reais hoje bate 400. mesmo a casa tendo pouquíssimos aparelhos elétricos.
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