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ENTREVISTA-Hidrovias do Brasil prevê exportação de grãos pelo Norte a partir de julho

Publicado 03.02.2016, 14:39
Atualizado 03.02.2016, 14:50
© Reuters.  ENTREVISTA-Hidrovias do Brasil prevê exportação de grãos pelo Norte a partir de julho

Por Gustavo Bonato

SÃO PAULO (Reuters) - As multinacionais Noble Agri, Nidera e Multigrain vão se estabelecer definitivamente nas rotas de escoamento de grãos pela bacia amazônica a partir de julho, com a entrada em operação de novos terminais construídos pela empresa de logística Hidrovias do Brasil (SA:HBSA3) os maiores na região até o momento.

"Vamos começar a receber (grãos) entre fevereiro e março... A gente tem intenção de iniciar operação cheia a partir de julho", disse à Reuters o presidente-executivo da Hidrovias do Brasil, Bruno Serapião.

A Hidrovias, que tem contratos com Noble Agri, Nidera e Multigrain, tradings controladas por asiáticos, define-se como "operador logístico de bandeira branca" e está finalizando a construção de um terminal fluvial no distrito de Miritituba, no Pará, no encontro da BR-163 com o rio Tapajós, onde soja e milho levados de caminhão serão colocados em barcaças.

De lá, os comboios seguem pelos rios amazônicos até Vila do Conde, no município de Barcarena, na região metropolitana de Belém (PA), onde haverá o embarque dos produtos em navios graneleiros, rumo ao mercado internacional.

Serapião evitou comentar sobre o volume que será embarcado pelos terminais em 2016, mas a expectativa é de atingir uma capacidade de 6,5 milhões de toneladas ao ano, em até cinco anos, com investimentos totais de 1,5 bilhão de reais, incluindo obras em terra e a aquisição de barcaças e empurradores.

A Noble Agri, controlada pela chinesa Cofco, a holandesa Nidera, também controlada pela Cofco, e a Multigrain, subsidiária no Brasil da japonesa Mitsui, assinaram contratos de longo prazo para utilizar a estrutura de escoamento, dando lastro para os investimentos da Hidrovias do Brasil.

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Segundo o executivo, haverá respeito aos contratos já firmados, mas nada impede a Hidrovias de atender outros clientes.

A empresa é a terceira a operar efetivamente na região de Miritituba, considerada um dos novos polos de logística do agronegócio brasileiro, onde diversas empresas já compraram terrenos e caminham para implementar projetos.

A ideia de todos os investidores é cortar custos de transporte ao evitar um trajeto de mais de 2 mil quilômetros de caminhão entre a principal região produtora de grãos do Brasil, no norte de Mato Grosso, e os portos do Sul e Sudeste.

"O transporte hidroviário é mais competitivo", resumiu Serapião.

Em 2014, a norte-americana Bunge foi a primeira a inaugurar o binário logístico Miritituba/Barcarena, que usa a BR-163 e os rios da Amazônia, com um projeto com capacidade final projetada de 4 milhões de toneladas por ano.

Atualmente, a empresa de transportes Bertolini também opera um equipamento flutuante, capaz de transferir grãos de caminhões para barcaças.

A concorrência, inclusive de projetos que deverão ser implementados no futuro, não é sinal de problema para a Hidrovias do Brasil.

"A competição, dada nos mesmos padrões para todo mundo, com exigências iguais para todos, é muito bem-vinda. Garante que Vila do Conde seja um porto relevante dentro do Brasil", disse Serapião. "Nossa visão é sermos o melhor provedor de logística para nossos clientes."

Após receber os primeiros caminhões em Miritituba entre fevereiro e março, o executivo projeta que as primeiras barcaças chegarão ao terminal de Vila do Conde entre abril e maio, com início das operações comerciais a partir de julho.

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RODOVIA

As rotas de escoamento pelos rios Tapajós e Amazonas tornaram-se viáveis apenas nos últimos anos devido à retomada do asfaltamento do trecho paraense da BR-163, uma rodovia aberta no meio da selva na década de 1970.

A obras começaram em 2009 e, com incontáveis adiamentos, os trabalhos ainda não estão concluídos.

Levantamento feito em janeiro pelo Movimento Pró-Logística, ligado a entidades de produtores rurais de Mato Grosso, mostrou que entre Sinop (MT) e Miritituba, em um trajeto total de 990 km, há 104 km ainda sem pavimento. Além disso, trechos de asfalto mais antigo estão esburacados.

"A estrada obviamente é um fator importante no nosso sistema. Tem um trecho pequeno não asfaltado. A gente acredita que até o final deste ano isso esteja resolvido (com obras finalizadas)", projetou o presidente da Hidrovias do Brasil.

A companhia tem como controlador o Fundo P2 Brasil, do Pátria Investimentos, além de participação dos fundos canadense AIMCO, do Temasek, de Cingapura, e do BNDESPar, entre outros sócios minoritários.

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