ENTREVISTA-Previ terá rating próprio de governança para guiar novos investimentos em 2018

Publicado 05.10.2017, 14:57
Atualizado 05.10.2017, 15:00
© Reuters.  ENTREVISTA-Previ terá rating próprio de governança para guiar novos investimentos em 2018

Por Aluisio Alves

SÃO PAULO (Reuters) - A Previ, caixa de previdência dos funcionários do Banco do Brasil (SA:BBAS3), está criando uma métrica própria de governança que será usada para determinar em quais papéis investir a partir de 2018, disse nesta quinta-feira o presidente da instituição, Gueitiro Genso.

“No nosso plano de investimentos para os próximos sete anos vamos usar, além do critério de dividendos e liquidez, aspectos de boa governança”, disse Genso à Reuters, durante o congresso anual da Abrapp, entidade que representa os fundos de pensão fechados.

Maior do país no segmento, com 172,5 bilhões de reais em ativos, a Previ está tentando ampliar a liquidez da carteira de seu maior fundo, o Plano 1, no qual cerca de 103 dos 114 mil participantes são aposentados ou pensionistas. Isso exige volumes crescentes de pagamentos, da ordem de 1 bilhão de reais por mês, ao mesmo tempo em que o volume de contribuições diminui.

Dentre as medidas tomadas recentemente para dar maior liquidez aos ativos, a Previ atuou para sair do acordo de acionistas da Vale (SA:VALE3). Com isso, o fundo ficará livre para se desfazer de mais de metade de uma carteira de ações da companhia, avaliada em cerca de 27 bilhões de reais.

O fundo também está em negociação avançada para dar maior liquidez ao investimento que tem na empresa de concessões de infraestrutura Invepar, na qual detém um quarto do capital e também compõe um acordo de acionistas.

“Devemos resolver isso ainda este ano”, disse Genso, sem dar mais detalhes.

O fundo tem quase metade do patrimônio do principal fundo aplicado em ações de aproximadamente 30 companhias, incluindo Embraer (SA:EMBR3), AmBev (SA:ABEV3) e BRF (SA:BRFS3), nas quais detém assento no conselho. Embora não haja um calendário para reduzir ou desmontar participação nessas empresas, a Previ pode fazer esses movimentos ao longo dos próximos sete anos, o próximo ciclo de investimentos do fundo.

A forte alta das ações brasileiras desde o ano passado tem ajudado a Previ a superar a meta atuarial, rentabilidade mínima necessária para que um fundo consiga pagar os benefícios de todos os participantes. Com isso, o fundo tem conseguido reduzir gradualmente déficits acumulados nos últimos anos, incluindo em ativos fracassados como a Sete Brasil, que está em recuperação judicial.

O déficit da Previ, que chegou a ser de mais de 16 bilhões de reais, deve estar em cerca de 6,5 bilhões de reais atualmente.

“Mantida atual tendência, o déficit deve ser zerado ao longo de 2018”, disse Genso.

Entre os ativos que a Previ avalia para potenciais investimentos futuros estão renda variável no exterior e as debêntures de infraestrutura.

CLASS ACTION

Genso disse ainda que a Previ está avaliando se participa da uma ação coletiva de investidores, que estão pedindo mediação da Câmara de Arbitragem da B3 (SA:BVMF3) para um pedido de indenização por perdas causadas nas ações pelo escândalo de corrupção investigado pela operação Lava Jato.

“Estamos analisando e devemos decidir isso na semana que vem; se fizer sentido iremos”, afirmou.

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