SÃO PAULO (Reuters) - Um cenário climático adverso tem prejudicado o consumo de eletricidade na área de concessão das distribuidoras controladas pela Equatorial Energia (SA:EQTL3) no Maranhão e no Pará, Cemar e Celpa, disse nesta quarta-feira o diretor financeiro da elétrica, Eduardo Haiama.
Ele afirmou em teleconferência que chuvas constantes levaram a uma demanda menor no primeiro trimestre, em um clima mais ameno que tem se repetido até o momento, em abril e no início de maio, com possibilidade de redução das chuvas a partir da segunda quinzena deste mês.
A Equatorial anunciou nesta quarta-feira lucro atribuído aos controladores de 49,5 milhões de reais no primeiro trimestre, com queda de 64,4 por cento ante o mesmo período de 2016, em parte devido a uma queda de 4,2 por cento no volume de energia distribuída no Maranhão e 0,1 por cento no Pará.
Por volta das 14:10, as ações da empresa cediam 3,9 por cento, liderando a ponta negativa do Ibovespa, que subia 1,5 por cento.
Analistas da corretora Brasil Plural (SA:BPFF11) disseram que os números "são especialmente negativos" porque mostram desempenho pior que em 2015 e 2016, "quando o cenário macroeconômico era muito mais desafiador".
A Equatorial, que além das distribuidoras possui ativos em geração, avançou mais recentemente para transmissão, ao arrematar concessões para construir novas linhas em licitações realizadas pelo governo em 2016 e agora em abril.
A companhia trabalha com a estimativa de iniciar as operações dessas linhas "em média 12 meses antes do previsto".
O investimento para implementação de todas concessões de transmissão arrematadas pela companhia foi estimado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) em 4,6 billhões de reais.
"Já estamos trabalhando firmemente para estar não só cumprindo ou antecipando o cronograma que a gente idealizou... tenho certeza que vamos fazer (as linhas) dentro do custo ou abaixo (do estimado)", disse Haiama.
(Por Luciano Costa)