Equinor inicia campanha de instalação marítima no campo de Bacalhau, no pré-sal de Santos

Publicado 14.02.2023, 12:43
Atualizado 14.02.2023, 12:46
© Reuters. Bandeira com logo da Equinor na sede da empresa em Stavanger, na Noruega
05/12/2019 REUTERS/Ints Kalnins

Por Marta Nogueira

RIO DE JANEIRO (Reuters) - A norueguesa Equinor (NYSE:EQNR) iniciou a campanha de instalação marítima de equipamentos no campo de Bacalhau (antiga descoberta de Carcará), no pré-sal da Bacia de Santos, com previsão para ser concluída em dois anos, informou a companhia nesta terça-feira em comunicado.

Atualmente, a empresa prevê iniciar em 2025 a produção de petróleo em Bacalhau, primeiro projeto a ser desenvolvido por um operador internacional no pré-sal brasileiro.

O trabalho de instalação marítima é executado em um contrato integrado de EPCI (Engenharia, Aquisição, Construção e Instalação) com a SIA (Subsea Integration Alliance, uma aliança entre OneSubsea e Subsea7).

Um navio da Subsea7 chamado Seven Pacific, capaz de operar em profundidades de até três mil metros, é a primeira embarcação de instalação marítima a trabalhar no ativo. Outros três navios de construção principais também irão preparar o campo para receber posteriormente a plataforma de produção do tipo FPSO.

A área conta ainda com as atividades da sonda de perfuração chamada West Saturn desde novembro passado. Uma segunda sonda chamada de Valaris DS-17 começará a atuar no local ainda este ano.

"O início da campanha marítima é um marco muito relevante para Bacalhau, que é um projeto-chave para a Equinor. A campanha de instalação marítima é mais um passo na jornada para ser o primeiro operador internacional a desenvolver um campo no pré-sal brasileiro", disse em nota o diretor do projeto Bacalhau, da Equinor, Trond Stokka Meling.

Localizado a 185 km da costa do município de Ilhabela (SP), Bacalhau é um reservatório de carbonato de alta qualidade, contendo óleo leve com contaminantes mínimos. O campo contará com um dos maiores FPSOs do Brasil com capacidade de produção de 220.000 barris por dia e sistema de manipulação/injeção de gás de 15 milhões de metros cúbicos por dia.

O campo foi originalmente descoberto sob operação da Petrobras (BVMF:PETR4), que vendeu em 2016 os seus direitos no bloco BM-S-8 para a Equinor, por 2,5 bilhões de dólares, na primeira alienação de um grande ativo do pré-sal pela estatal, em meio a um amplo programa de desinvestimentos.

A Equinor é operadora de Bacalhau, com 40% de participação. Os demais parceiros no ativo são ExxonMobil (NYSE:XOM) (com 40%), Petrogal Brasil (20%) e a estatal Pré-sal Petróleo, que representa os diretos da União em ativos sob contrato de partilha.

Aliança científica

Como parte do projeto, a Equinor destacou que está apoiando uma aliança científica entre a Subsea7 e o National Oceanography Centre (NOC, na sigla em inglês), o BORA Blue Ocean Research Alliance, financiando e adaptando ao navio Seven Pacific um dispositivo que coletará dados de Variáveis Oceânicas Essenciais no campo.

O dispositivo consiste em sensores de pH e alcalinidade total e um sensor para fornecer medições de temperatura, salinidade e profundidade, que transmitem dados diariamente.

"Os projetos da Subsea Integration Alliance nos levam a áreas do oceano raramente visitadas pelos cientistas. Adicionando sensores inovadores aos ROVs (Remotly Operated Vehicles), podemos coletar dados em locais inacessíveis, ampliando o alcance global das observações do oceano", disse o CEO da Subsea Integration Alliance, Olivier Blaringhem.

"Com foco nas variáveis oceânicas essenciais (EOVs), as medições terão um alto impacto em escala global. Os dados coletados são compartilhados e analisados por cientistas oceanográficos no National Oceanography Centre. Toda informação validada é formalmente disponibilizada para a comunidade científica global."

De forma integrada às operações rotineiras, os dados estão sendo transferidos com sucesso para os cientistas, paralelamente ao período operacional.

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