Por Nerijus Adomaitis
OSLO (Reuters) - A petroleira norueguesa Equinor (NYSE:EQNR) vai acelerar investimentos em energias renováveis e soluções de baixo carbono à medida que novos projetos de óleo e gás entram em operação, antes de atingirem um pico de produção em 2026, disse a empresa nesta terça-feira, em momento em que é pressionada para provar que pode se adaptar a um futuro mais "verde".
A companhia, de propriedade majoritariamente estatal, disse que vai dedicar mais de 50% dos investimentos a energias renováveis e captura de CO2 até 2030, ante menos de 5% em 2020, atendendo às demandas de investidores e de alguns políticos noruegueses.
A pressão se intensificou no mês passado, depois que um tribunal holandês determinou que a Shell atue de forma mais agressiva para reduzir suas emissões de gases de efeito estufa, enquanto a Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês) afirmou que o mundo precisaria interromper investimentos em novos projetos de óleo e gás até o ano que vem para atingir emissões zero até meados do século.
Além disso, uma nova disputa legal contra os esforços pela exploração de petróleo no Ártico da Noruega foi revelada nesta terça-feira.
O presidente-executivo da Equinor disse que a empresa vai cumprir sua meta anterior, de um aumento anual de 3% na produção de petróleo e gás até 2026, à medida que novos projetos entram em operação, mas que até 2030 a produção diária será praticamente igual à de 2020, podendo recuar ainda mais depois disso.
Em uma década, mais de metade dos gastos será direcionada para investimentos como energias eólica e solar, captura e armazenamento de carbono, que evitam as emissões de gases na atmosfera, afirmou a companhia.
(Reportagem adicional de Victoria Klesty)