Um aliado do Planalto na presidência da Câmara agradaria investidores; Rogerio Rosso (foto) conta com apoio da maior parte do "centrão" (Evaristo Sa/AFP)
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A expectativa de estímulos econômicos dos bancos centrais globais segue animando investidores nesta terça-feira (12). A alta das bolsas internacionais e do petróleo tende a influenciar o mercado brasileiro em dia de nova intervenção do Banco Central no mercado de câmbio.
Em tempos de taxas negativas no exterior, o Brasil aparece como boa pedida e atrai dólares, conforme ilustrado por captações externas anunciadas por empresas brasileiras recentemente. Neste contexto, o BC volta a ofertar no mercado 10 mil contratos de swap cambial reverso, operação que equivale a uma compra futura de dólares.
O bom humor externo tem nome e sobrenome. De acordo com agências internacionais, o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, teria se encontrado com ex-presidente do Fed Ben Bernanke, o que alimentou a esperança por iniciativas estatais para impulsionar a atividade do Japão. Ainda la fora, a definição de Theresa May como nova premiê do Reino Unido ameniza pequena parcela das incertezas provenientes do Brexit.
Já no cenário político brasileiro as atenções estão concentradas na eleição do novo presidente da Câmara. Ficou definido que as candidaturas poderão ser registradas até as 12h da quarta-feira (13), e que a sessão de eleição da presidência deve ter início às 16h.
De acordo com a Folha de S.Paulo, a base de Michel Temer se divide entre Rogério Rosso, que tem o com apoio da maior parte do “centrão”, e Rodrigo Maia, que deve contar com o PSDB.
O que acontece no mundo corporativo
Fechamento de capital - O grupo de eletrodomésticos Whirlpool informou que vai fazer uma oferta pública para adquirir a totalidade das ações em circulação de sua subsidiária brasileira e fechar o capital da companhia.
Fatia - A Latam Airlines anunciou acordo em que a Qatar Airways vai investir US$ 613,1 milhões para ter até 10% do grupo latino-americano de transporte aéreo.
Ré - De acordo com sua prévia operacional, a Direcional Engenharia (SA:DIRR3) registrou vendas contratadas 41% menores no segundo trimestre, em relação ao mesmo período do ano passado. Em valores, foram R$ 66 milhões contra R$ 112 milhões.
Torre de Babel - A audiência de conciliação entre a japonesa Nippon Steel e a ítalo-argentina Ternium terminou sem acordo sobre o comando da Usiminas (SA:USIM5), maior produtora de aços planos do Brasil em capacidade instalada.
Às armas - A Uninter, segunda maior companhia de ensino a distância no Brasil, prepara-se para enfrentar a fusão da Estácio (SA:ESTC3) com a Kroton (SA:KROT3), as líderes em ensino privado do país. Ela busca parcerias que deem fôlego financeiro para prospectar aquisições em um mercado mais concentrado.
Sem milagre - A prioridade número um da Cemig (SA:CMIG4) continua sendo se livrar da usina de Santo Antônio, obra tão grandiosa quanto problemática, que constrói em parceria com a Odebrecht no Rio Madeira, perto de Porto Velho, a capital de Rondônia.
Novo canal - A Natura (SA:NATU3) informou que vai inaugurar sua segunda loja física, instalada no shopping Villa Lobos, em São Paulo, no começo de agosto.
Elevação - A Transmissão Paulista (Cteep) foi classificada como "outperform" (acima da média) pela equipe da Votorantim Corretora, segundo a Bloomberg News.
Elevação II - Tanto as ações da Kroton quanto as da Estácio foram elevadas para "compra" pelo Santander (SA:SANB11), segundo a Bloomberg News.
Para comentar mais tarde
Se quer caixa de verdade, Temer deve privatizar Eletrobras (SA:ELET3) e Petrobras (SA:PETR4). Esqueça as rodovias e os aeroportos. Se o governo quiser dinheiro grosso para resolver seu problema de caixa, é hora de privatizar os elefantes brancos que atazanam as contas públicas e a vida dos brasileiros: Eletrobras e Correios. Além disso, por que não discutir a venda da própria Petrobras? A avaliação é de Claudio Fritschak, um dos maiores especialistas em infraestrutura do país. Leia mais.