Investing.com - Ainda vivendo uma fase de reestruturação, a Estácio (SA:ESTC3) divulga hoje, após o fechamento do mercado, o resultado referente aos três primeiros meses do ano. Na expectativa da divulgação dos números, os papeis do grupo educacional têm valorização de 1,20% a R$ 35,43.
A Coinvalores, citando o momento que a companhia vive, estima que os números do primeiro trimestre indiquem recuperação. Na comparação com o mesmo trimestre do ano passado, a estimativa é de crescimento de 1,5% na receita líquida, enquanto para o Ebitda a previsão é de alta de 15,2%. No caso da linha final do demonstrativo, a corretora espera salto de 45,3%.
No primeiro trimestre do ano passado, o lucro líquido por ação da Estácio foi de R$ 0,39, com o mercado esperando na época resultado de R$ 0,49 por papel. Já o faturamento no período foi de R$ 819 milhões.
Para o período encerrado em março, a aposta é de R$ 0,60 de lucro por ação e receitas de R$ 864,7 milhões.
Último resultado
A Estácio amargou um prejuízo líquido de 12,8 milhões de reais no quarto trimestre, ante lucro líquido de 124,3 milhões de reais no mesmo intervalo de 2016, em um resultado afetado por eventos não recorrentes e reestruturação interna.
Em dezembro, a companhia desligou centenas de professores, travando um embate com sindicatos que acabou chegando nos tribunais. A decisão, que conforme material de divulgação do balanço visava "ganhos de eficiência", gerou um impacto pontual de 117,1 milhões de reais no último trimestre do ano passado.
Descontando esses e outros itens extraordinários, a segunda maior empresa de ensino superior do país teve um lucro líquido ajustado 180,2 milhões de reais entre outubro e dezembro.
Já o desempenho operacional medido pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado subiu 87 por cento ante o último trimestre de 2016, para 238,4 milhões de reais, com a margem Ebitda ajustada subindo 12,4 pontos percentuais, para 28,4 por cento.
A receita operacional líquida da Estácio no quarto trimestre cresceu 5,2 por cento ano a ano, para 838,5 milhões de reais, apoiada na alta de 8,9 por cento do tícket médio presencial e de 2,6 por cento no EAD. Ao mesmo tempo, as despesas comerciais, gerais e administrativas cresceram 113 por cento na mesma base comparativa, para 322,1 milhões de reais.