Investing.com - As ações da Estácio Participações (SA:ESTC3) lideram as perdas do Ibovespa e caem 8,73% a R$20,71, com o mercado reagindo negativamente ao balanço divulgado pela companhia na noite de ontem. No terceiro trimestre do ano, o lucro da instituição foi de R$ 194 milhões, valor 30% superior ao registrado no mesmo período de 2017.
Para o BTG Pactual (SA:BPAC11), é inquestionável que novos produtos, como PAR e DIS não estão ajudando nas Perdas e Lucros e no Fluxo de Caixa na mesma proporção. O que chamou a atenção dos analistas no período foi justamente o fato que a geração de caixa operacional, após os investimentos, foi de R$ 204 milhões, alta de 6% na base anual, puxado por pagamentos pontuais do FISES.
Para o banco, o destaque negativo foi para o quinto período consecutivo de queda de novos alunos base anual (-24% ante o ano anterior para OoP, quando a expectativa do BTG era de -12%). Isso, junto com a leve queda na taxa de retenção (-1,8%) mostra um cenário desafiador para o grupo educacional.
Estácio informou que elevou o valor médio das mensalidades do ensino presencial em 13 por cento em relação à mesmo etapa do ano passado, a 780,9 reais. Na educação a distância, o reajuste foi de 18 por cento, a 250,8 reais.
"A companhia segue evitando a estratégia de redução de preço e descontos excessivos, seguindo focada na manutenção de base com ações de fidelidade e programas de retenção, além da criação de novas ofertas (mais 198 nas áreas de saúde, exatas e engenharias)", afirmou a Estácio no balanço.
A base total de alunos da Estácio no fim de setembro era de 531 mil estudantes, redução de 9,5 por cento no ensino presencial, mas aumento de 18,6 por cento no à distância.
A Estácio apurou resultado operacional medido pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado 282,8 milhões de reais, avanço de 26 por cento na comparação anual. A receita líquida teve crescimento de 5,5 por cento, a 853 milhões de reais.
Segundo o balanço, o custo dos serviços prestados caiu 9 por cento, mas as despesas comerciais saltaram 21 por cento, para 118 milhões de reais, em meio a um crescimento de 56 por cento na provisão para alunos inadimplentes, a 58,6 milhões de reais. As despesas gerais e administrativas ficaram praticamente estáveis, a cerca de 138 milhões de reais.