O gabinete da cidade de Seattle, nos Estados unidos, anunciou que a Monsanto concordou em pagar US$ 160 milhões para resolver uma ação judicial sobre a poluição no Rio Lower Duwamish por produtos químicos conhecidos como bifenilos policlorados (PCBs). O acordo encerra uma batalha judicial que começou em 2016 e libera a unidade da Bayer (ETR:BAYGN) das reivindicações do município contra ela, evitando um julgamento que estava agendado para setembro, segundo o gabinete. Os PCBs foram amplamente utilizados na indústria até serem banidos nos EUA em 1979. Eles estão associados a uma variedade de problemas de saúde, incluindo câncer.
O acordo não contém admissão de responsabilidade ou má conduta por parte da empresa, afirmou a Bayer em uma declaração. A empresa acrescentou que nunca produziu PCBs na área de Seattle e encerrou sua produção dos químicos há quase 50 anos. A Bayer declarou também que US$ 35 milhões do total serão destinados à remediação de PCBs, com os US$ 125 milhões restantes para reembolsar a cidade pelos custos de limpeza, legais, entre outros.
Seattle afirmou que, embora a Monsanto tenha parado de fabricar PCBs em 1977, os químicos permaneceram em tintas e vedantes em edifícios que foram levados para o Rio Lower Duwamish.
A Bayer, da Alemanha, comprou a Monsanto por mais de US$ 60 bilhões em 2018 e enfrentou uma série de litígios sobre o herbicida Roundup da Monsanto, além dos PCBs. Em 2020, a empresa alcançou um acordo de US$ 650 milhões envolvendo cerca de 2,5 mil municípios que alegavam poluição por PCBs em águas. Em maio, um tribunal de apelações no Estado de Washington derrubou um veredicto de US$ 185 milhões contra a Monsanto por contaminação por PCBs em uma escola na área de Seattle, enviando o caso de volta a um tribunal inferior.