🍎 🍕 Menos maçãs, mais pizza 🤔 Já viu recentemente a carteira de Warren Buffett?Veja mais

EXCLUSIVO-Elétricas de controle estrangeiro desistem de ofertas por distribuidora da Enel, dizem fontes

Publicado 12.07.2022, 10:03
Atualizado 12.07.2022, 10:05
© Reuters. Distribuição de energia elétrica
24/09/2021
REUTERS/Phil Noble
ENEI
-
CPFE3
-
ELET3
-
ENBR3
-
ENGI4
-
EQTL3
-

Por Tatiana Bautzer e Letícia Fucuchima

SÃO PAULO (Reuters) - Companhias elétricas controladas por grupos internacionais de energia desistiram de apresentar ofertas pela distribuidora que está sendo vendida pela italiana Enel (BIT:ENEI) em Goiás, deixando na disputa apenas duas empresas brasileiras, segundo três fontes com conhecimento do assunto.

Equatorial Energia (BVMF:EQTL3) e Energisa SA (BVMF:ENGI4) eram as duas únicas empresas ainda interessadas na compra da Celg-D depois de analisar os detalhes operacionais da empresa colocados no data room, segundo as fontes.

As ofertas deveriam ser apresentadas na semana passada. Entre as empresas que analisaram o negócio e desistiram de fazer ofertas estão a CPFL Energia (BVMF:CPFE3), controlada pela chinesa State Grid Corporation, e a EDP (BVMF:ENBR3) Brasil, da portuguesa EDP.

Segundo as fontes, EDP e CPFL preferiram não entrar na concorrência pela Celg-D por não adquirir usualmente negócios que precisam de "turnaround". A empresa de Goiás tem um dos piores índices de qualidade entre as distribuidoras brasileiras.

Enel, Energisa, EDP Brasil e Equatorial preferiram não comentar. A CPFL disse apenas que está "constantemente olhando as oportunidades que surgem no setor elétrico".

A Enel espera conseguir perto de 10 bilhões de reais pela Celg-D, incluindo a transferência de dívida. A companhia italiana pagou 2,1 bilhões de reais há seis anos para comprar a Celg-D da Eletrobras (BVMF:ELET3) e do Estado de Goiás num leilão de privatização.

Mas a Enel está com dificuldades para melhorar os índices operacionais da companhia como exigido pela privatização. Se determinados índices de qualidade não forem alcançados, a concessão pode ser extinta.

Mesmo depois de anos de altos investimentos, alguns indicadores ainda estão abaixo do exigido pela agência reguladora Aneel.

O índice de duração de interrupções de energia, conhecido como DEC, não alcançou o patamar exigido no ano passado, e a empresa poderia perder a concessão se continuar abaixo do exigido esse ano. A empresa pode apresentar à Aneel como alternativa ao descumprimento um plano para mudança de controle acionário.

Em resposta a questionamento da Reuters, a Enel disse que quintuplicou os investimentos anuais em relação ao que era feito antes da privatização, para cerca de 1 bilhão de reais por ano. Disse ainda que a duração das interrupções de energia caiu 40% desde 2017. "A companhia tem trabalhado para melhorar este indicador e atingir a meta estabelecida para o fim do ano", afirma o comunicado. Se o índice não for atingido, a Enel pode apresentar um plano para mudança de controle acionário.

A Enel tem sido atacada por políticos há algum tempo. Em 2020, o governador de Goiás Ronaldo Caiado criticou o serviço e ameaçou cassar a concessão da Enel. A Câmara dos Deputados realizou uma audiência pública para discutir o processo de venda.

Caiado disse no mês passado que a Enel não foi transparente sobre o processo de venda. "Queremos a Enel for a de Goiás", disse o governador em sua conta no Twitter.

© Reuters. Distribuição de energia elétrica
24/09/2021
REUTERS/Phil Noble

Uma das fontes disse que representantes da Equatorial e Energisa tiveram encontros com políticos durante o processo de due diligence da Celg-D. As duas empresas são experientes em assumir empresas de energia com índices ruins de qualidade e torná-las rentáveis.

A Equatorial, entretanto, ainda está digerindo a aquisição da empresa de energia eólica e solar Echoenergia, pela qual pagou 7 bilhões de reais em março. O negócio foi parcialmente financiado por uma oferta de ações.

(Por Tatiana Bautzer e Letícia Fucuchima)

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.