Por Emilio Parodi e Francesco Guarascio
BRUXELAS (Reuters) - A Agência Europeia de Medicamentos (EMA) espera decidir no começo de outubro o possível uso de uma dose de reforço da vacina contra Covid-19 da Pfizer-BioNTech, disse uma fonte com conhecimento direto do assunto à Reuters.
Será a primeira decisão da agência reguladora da União Europeia sobre vacinas de reforço, disse a fonte. Na quarta-feira, a Agência de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos (FDA) autorizou uma terceira dose da Pfizer (NYSE:PFE) (SA:PFIZ34) para pessoas de 65 anos ou mais, todas as pessoas sob risco alto de doenças graves e outras que estão expostas com frequência ao vírus.
"A decisão da EMA sobre a terceira dose da Pfizer é esperada para o começo de outubro", disse a fonte, que não quis se identificar devido à sensibilidade do tema.
A Pfizer não quis comentar, e a BioNTech (NASDAQ:BNTX) (SA:B1NT34) não estava disponível de imediato para fazê-lo.
No dia 6 de setembro, a EMA disse ter começado a avaliar os dados apresentados pela Pfizer e pela BioNTech sobre uma dose de reforço a ser administrada seis meses após a segunda dose em pessoas de 16 anos ou mais.
Acredita-se que a Moderna (NASDAQ:MRNA) (SA:M1RN34) também entregará dados sobre sua dose de reforço à EMA neste mês, disse um documento da UE.
Em um parecer emitido no início de setembro e republicado pela EMA, o Centro Europeu de Controle e Prevenção de Doenças (ECDC) disse que não existe uma necessidade urgente de administrar vacinas de reforço para indivíduos totalmente vacinados da população geral.
Mas ele também observou que doses adicionais já deveriam estar sendo cogitadas para pessoas com sistemas imunológicos seriamente debilitados como parte de sua vacinação primária.
Muitos países da UE já decidiram administrar doses de reforço, apesar de enfrentarem riscos legais maiores sem uma decisão formal da EMA a este respeito.
O bloco assinou três acordos com a Pfizer e BioNTech para recebe rum total de 2,4 bilhões de doses.
O contrato mais recente cobre o suprimento de ao menos 900 milhões de doses, grande parte do qual provavelmente será necessário somente se as vacinas de reforços forem consideradas uma necessidade ou se surgirem novas variantes do vírus contra as quais as vacinas existentes não forem eficientes.
Atualmente 70% da população adulta da UE está totalmente vacinada, e o bloco obteve um suprimento amplo de vacinas de vários fabricantes.
O ECDC disse que ainda faltam dados cruciais sobre a necessidade e a segurança das doses de reforços, em parte porque ainda não está totalmente claro quanto tempo as vacinas protegem do vírus.
(Reportagem adicional de Ludwig Burger)