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O presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), Samir Xaud, afirmou nesta 4ª feira (20.ago.2025) em entrevista ao podcast Toca e Passa, do Globo, que o objetivo do sistema de fair play financeiro será fazer com que os clubes brasileiros limitem seus gastos à própria arrecadação.
Segundo Xaud, a medida não terá caráter punitivo nem pretende restringir investimentos externos, mas busca criar parâmetros para evitar o chamado “doping financeiro”.
“A nossa visão é que o clube, se recebe X, não vai poder contratar um jogador que custa 3X. A ideia é nivelar essa relação entre receita e gasto. Mas não é limitar a arrecadação. O objetivo é, sim, que todos contratem em cima do que arrecadam”, afirmou.
“Torcedores mais leigos acham que o fair play financeiro vai proibir os clubes de gastarem muito com contratações e que irá nivelar todos neste sentido. E não é bem isso”, disse Samir.
Um grupo de trabalho foi criado na sede da CBF, no Rio de Janeiro, com representantes de clubes, federações e especialistas do mercado.
A 1ª reunião contou com a participação de Sefton Perry, chefe do Centro de Análise e Inteligência da Uefa, que apresentou o modelo europeu como referência. O prazo para apresentação de uma proposta é de 90 dias.
O mecanismo será aplicado a todos os clubes que disputam competições organizadas pela CBF e deve impactar diretamente a forma como as equipes administram suas finanças e contratam jogadores.
Além do debate sobre o fair play financeiro, Xaud disse que os campeonatos estaduais terão redução para 11 datas a partir de 2026, no caso dos clubes das Séries A e B que participam de torneios internacionais.
Também há estudos para mudanças na Série D, Copa Verde, Copa do Nordeste e Copa do Brasil, além de negociações com a Conmebol sobre o calendário da pré-Libertadores.
Samir Xaud assumiu a presidência da CBF no fim de maio, depois do afastamento de Ednaldo Rodrigues, seu antecessor.