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Fala de Bolsonaro limita alta do Ibovespa a 0,77%, aos 116,9 mil pontos

Publicado 01.11.2022, 15:00
Atualizado 01.11.2022, 18:10
© B3 Fala de Bolsonaro limita alta do Ibovespa a 0,77%, aos 116,9 mil pontos
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Mesmo com protestos ainda interrompendo ou prejudicando o tráfego nas estradas brasileiras nesta terça-feira, e os índices de ações em Nova York mostrando perdas na sessão, o Ibovespa manteve-se no positivo pelo segundo dia, mas ficou volátil durante a fala do presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), no fim de tarde, sem pedido direto de desmobilização dos caminhoneiros e sem cumprimento ao vencedor da eleição para a Presidência da República do último domingo, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

"Continua esse clima de embate político, ele (Bolsonaro) acabou não falando nada. As manifestações continuam atrapalhando e podem afetar a economia, com falta de produtos, mesmo de combustível. Deveria ter pedido o fim das manifestações", diz Luiz Roberto Monteiro, operador da mesa institucional da Renascença Corretora.

Dessa forma, o Ibovespa chegou a subir menos de 1% na conclusão da fala de Bolsonaro, mas voltou a ganhar um pouco de terreno, logo em seguida, com a confirmação, pelo ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, de que a transição de governo será iniciada, conforme prevê a lei. No início do curto pronunciamento do presidente, o Ibovespa chegou a acentuar máxima do dia (+1,92%), aos 118.261,20 pontos, mas perdeu força logo depois, na conclusão da fala.

Assim, a referência da B3 (BVMF:B3SA3) fechou o dia em alta de 0,77%, aos 116.928,66 pontos, entre mínima de 115.547,46 e a máxima de 118.261,20 pontos, com abertura a 116.037,26 pontos. O giro seguiu forte nesta terça-feira, a R$ 40,7 bilhões, após ter chegado a R$ 47,2 bilhões, na segunda-feira. Na semana, o Ibovespa avança 2,09%, colocando os ganhos do ano a 11,55%.

Papéis do Banco do Brasil (BVMF:BBAS3) (ON +2,38%) e da Petrobras (BVMF:PETR4) (ON +0,33%, PN +0,17%), estatais que haviam sofrido muito na segunda-feira com a confirmação da vitória de Lula na noite de domingo, tiveram alguma recuperação nesta terça-feira, em dia majoritariamente favorável às ações e aos setores de maior peso no Ibovespa.

"A aversão a risco que parecia que atingiria a Bolsa após a eleição não se confirmou. Percepção positiva surgiu ainda na noite de domingo, no exterior. À tarde, a atenção se voltou para o que Bolsonaro falaria, e se esperava algo mais direto do que veio", diz Felipe Moura, sócio e gestor da Finacap Investimentos. No campo oposto, aguarda-se a definição da equipe do novo governo, a começar pela economia, acrescenta Moura. "O mercado gostaria muito de ver alguém como Henrique Meirelles ou Pérsio Arida de volta ao governo, no comando da Fazenda, mas mesmo que a opção não venha a ser por um técnico, mas por perfil político, não deve assustar tanto se o escolhido não diferir dos nomes já ventilados", diz.

Entre os nomes do PT especulados até o momento estão os do senador Jaques Wagner (BA); do governador da Bahia, Rui Costa; do ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha; e do ex-prefeito de São Paulo e ex-ministro da Educação, Fernando Haddad. Conforme esperado, a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, confirmou nesta terça que o vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB), comandará a equipe de transição. O senador eleito Wellington Dias (PT-PI) será o responsável pela interlocução sobre o Orçamento de 2023. Uma fonte informou ao Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) que Aloizio Mercadante (PT) será coordenador de economia pela parte técnica da equipe de Lula na transição.

O desbloqueio de rodovias pelo País, obstruídas por protestos realizados por caminhoneiros, depende mais do reconhecimento do presidente Jair Bolsonaro sobre o resultado das eleições do que da atuação dos policiais, apesar de "uma coisa não ser ligada à outra", na avaliação do presidente da Federação Nacional dos Policiais Rodoviários Federais (FenaPRF), Dovercino Neto, ao Broadcast Político.

A Polícia Rodoviária Federal informou que os pontos de interdições e bloqueios em rodovias do País caíram de 227, às 13h30, para 206, às 14h27 desta terça-feira. Ainda há ocorrências no Distrito Federal e em 21 Estados: Amazonas, Acre, Bahia, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Pernambuco, Piauí, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Roraima, Rondônia, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Tocantins.

O risco de desabastecimento total em virtude da paralisação de caminhoneiros ainda é considerado baixo por grandes redes de varejo alimentar, segundo fontes do setor ouvidas pela jornalista Talita Nascimento, do Broadcast. O ponto mais sensível são os estoques de frutas, legumes e verduras, que, por serem muito perecíveis, não são estocados em quantidades robustas. Ainda assim, carregamentos recebidos no início da semana seriam suficientes no caso de as manifestações serem apaziguadas em breve, como é esperado.

Nesta terça, Carrefour (BVMF:CRFB3) Brasil (-2,88%) figurou entre as ações que cederam terreno na sessão, atrás de Cielo (BVMF:CIEL3) (-7,73%), Hypera (BVMF:HYPE3) (-3,74%) e Totvs (BVMF:TOTS3) (-3,17%). Na ponta oposta, Copel (BVMF:CPLE6) (+8,92%), CSN Mineração (BVMF:CMIN3) (+7,58%), São Martinho (BVMF:SMTO3) (+6,64%), IRB (BVMF:IRBR3) (+6,38%) e Dexco (+5,88%). Destaque também para Vale (BVMF:VALE3) (ON +3,04%) e para as siderúrgicas, que mostraram ganhos até 4,64% (CSN ON (BVMF:CSNA3)) no fechamento desta terça-feira.

"Investidores aguardam mais notícias sobre a composição ministerial do futuro governo e devem reagir a sinais sobre o nível de governabilidade de Lula após a posse", observa Paula Zogbi, analista da Rico Investimentos. Segundo ela, a volatilidade tende a permanecer presente "até que haja definições concretas sobre as políticas econômicas que serão adotadas pelo (futuro) governo, especialmente aquelas que impliquem maiores gastos, com foco no questionamento de como a conta será paga".

Na quarta, feriado no Brasil, será divulgada a decisão sobre a taxa de juros do Federal Reserve, o BC norte-americano, e a declaração de seu comitê de política monetária, o Fomc, quanto aos próximos passos sobre juros nos EUA, "o que pode trazer mais volatilidade para a semana", aponta Leandro De Checchi, analista da Clear Corretora.

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