Fantasma da Evergrande volta a assombrar e Ibovespa cai após 3 altas

Publicado 24.09.2021, 11:58
Atualizado 24.09.2021, 12:00
© Reuters.

Por Aluisio Alves

SÃO PAULO (Reuters) - O principal índice brasileiro de ações caía nesta sexta-feira, reverberando movimento negativo dos mercados globais diante de renovados temores de que uma quebra da incoporadora Evergrande  (OTC:EGRNY) cause uma crise sistêmica nos setores imobiliário e financeiro da China, com possíveis implicações no mundo todo.

Também embutindo pessimismo com a economia brasileira após dados de inflação e de expectativas do consumidor, às 11:52 o Ibovespa recuava 1,2%, a 112.708,27 pontos, após ter subido por três dias seguidos. O giro financeiro da sessão era de 8,3 bilhões de reais.

Na China, a incorporadora Evergrande deixou investidores globais em dúvida se receberão juros que venceram na véspera. A companhia deve 305 bilhões de dólares e investidores temem um colapso sistêmico do sistema financeiro da China que reverbere em todo o mundo.

Por aqui, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o IPCA-15, prévia da inflação oficial brasileira teve em setembro o nível mais elevado para o mês em 27 anos.

LEIA MAIS: Investidores ficam no limbo após fim de prazo para pagamento da Evergrande

"O resultado confirma nossa leitura de inflação elevada no curto prazo, pressionada tanto pelos repasses em curso dos elevados custos de produção quanto pelo efeito da aceleração dos preços dos serviços", escreveu a economista Ana Paula Tavares, da XP.

E a Fundação Getúlio Vargas revelou que confiança dos consumidores brasileiros recuou ao menor patamar em cinco meses em setembro diante de temores inflacionários, risco de crise energética e de incertezas econômicas e políticas.

DESTAQUES

- BRF (SA:BRFS3) subia 1,4%. Na véspera, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou sem restrições a compra de ações da companhia pela rival Marfrig (SA:MRFG3), que avançava 0,2%. A Marfrig já tem quase 32% da BRF, dona das marcas Sadia e Perdigão.

- AMERICANAS (SA:AMER3) recuava 4,8%, mostrando maior pessimismo de investidores com novos sinais de inflação persistentemente alta no país, o que eleva apostas de um ciclo de aperto ainda maior da política monetária, o que deve prejudicar o consumo. No setor, GRUPO SOMA (SA:SOMA3) caía 3,2%, enquanto MAGAZINE LUIZA (SA:MGLU3) tinha baixa de 2,8%.

- HAPVIDA (SA:HAPV3) tinha baixa de 2,1%. A empresa informou mais cedo que sua oferta pelo Grupo HB Saúde foi aprovada e prevê desembolsar 383,5 milhões de reais para comprar 59% dos acionistas da HB, a parcela dos que aprovaram a proposta.

- BTG PACTUAL (SA:BPAC11) retrocedia 3,2%, ilustrando como investidores preferiam se desfazer de ações do setor bancário após uma recuperação robusta nas últimas três sessões. BRADESCO  (SA:BBDC4) tinha retração de 1,45% e ITAÚ UNIBANCO (SA:ITUB4) era desvalorizada em 1%.

- PETROBRAS (SA:PETR4) recuava 0,3%, apesar da alta dos preços internacionais do barril do petróleo. PETRORIO (SA:PRIO3) liderava os ganhos do índice, subindo 3,8%.

- VALE (SA:VALE3) encolhia 1,2%, com a volta dos temores ligados à China e os possíveis impactos nas exportações de minério de ferro para aquele mercado. Na mesma trilha, CSN (SA:CSNA3) perdia 3,3%, enquanto USIMINAS (SA:USIM5) tinha recuo de 2,5%.

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2025 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.