Por Julie Steenhuysen e Michael Erman
(Reuters) - Conselheiros externos da Agência de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos (FDA) votaram nesta sexta-feira por unanimidade a favor da autorização de agências reguladoras a uma dose de reforço de vacina contra Covid-19 da Johnson & Johnson (NYSE:JNJ) (SA:JNJB34) para proteger melhor aqueles que receberam a vacina de dose única.
O Comitê de Aconselhamento de Vacinas e Produtos Biológicos Relacionados da FDA apoiou o reforço para todas as pessoas de 18 anos ou mais que receberam vacinas da J&J, com aplicação ao menos dois meses após a primeira dose.
Normalmente a FDA segue as recomendações de seu comitê de aconselhamento, mas não é obrigada a fazê-lo.
Depois de assistir apresentações de cientistas da J&J e da FDA, muitos membros do comitê de aconselhamento perguntaram se a vacina de dose única de J&J deveria ser considerada uma vacina de duas doses para todos.
Eles ressaltaram os níveis menores de anticorpos neutralizadores de vírus que ela desencadeia na comparação com vacinas com tecnologia de RNA mensageiro (mRNA) da Moderna (NASDAQ:MRNA) (SA:M1RN34) e da Pfizer (NYSE:PFE) (SA:PFIZ34) e da BioNTech SE (NASDAQ:BNTX) (SA:B1NT34).
"Existe um imperativo de saúde pública. O que estamos vendo é que este é um grupo com eficácia geral menor do que vimos com a vacina de mRNA, por isso existe certa urgência para se fazer algo", disse Arnold Monto, epidemiologista da Escola de Saúde Pública da Universidade do Michigan que presidiu a reunião.
As autoridades de saúde dos EUA sofrem pressão para autorizar as doses adicionais desde que a Casa Branca anunciou em agosto planos para uma campanha generalizada de administração de doses de reforço dependendo da aprovação da FDA e do Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC).