Por Geoffrey Smith e Ana Beatriz Bartolo
Investing.com - O presidente dos EUA, Joe Biden, novamente alerta a China que as forças dos EUA defenderiam Taiwan no caso de um "ataque sem precedentes". O Reino Unido fecha seus mercados ao se despedir da rainha Elizabeth II. As criptomoedas caem à medida que os investidores não têm estômago para uma semana de ação agressiva do banco central, apesar do mercado esperar uma movimentação sutil do banco central brasileiro. A Volkswagen avalia sua unidade Porsche em até US$ 75 bilhões.
Aqui está o que você precisa saber nos mercados financeiros na segunda-feira, 19 de setembro.
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1. Biden-Taiwan
O presidente Joe Biden repetiu que as tropas dos EUA defenderiam Taiwan no caso de uma invasão da China continental, provocando outra reação irada de Pequim.
Biden parecia não deixar espaço para mal-entendidos, dando a mesma resposta duas vezes quando pressionado. No entanto, a Casa Branca novamente sentiu a necessidade de emitir uma declaração separada mais tarde reiterando que essa era a visão pessoal de Biden, e não a política oficial dos EUA.
Historicamente, os EUA evitaram adotar uma linha nessa questão, ao mesmo tempo em que apoiavam Taiwan de todas as outras maneiras.
A questão de até que ponto os EUA arriscariam uma guerra com a República Popular da China tornou-se cada vez mais urgente este ano, à medida que Pequim aumentou sua retórica sobre a 'reunificação' com Taiwan, ao mesmo tempo em que os EUA ofereceram ajuda militar substancial à Ucrânia, para ajudá-lo a se defender dos ataques russos.
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2. Criptos caem antes das reuniões do banco central
Bitcoin caiu para seu nível mais baixo em três meses no início de uma semana que provavelmente verá um aperto substancial na política monetária global.
O impulso tem diminuído da criptomoeda desde o relatório de inflação ao consumidor da semana passada nos EUA, levando a especulações de que o Federal Reserve poderia aumentar suas principais taxas de juros em 100 pontos base mais tarde. semana, em vez do consenso de 75 pontos base. Outros grandes aumentos também são esperados da Suécia, Noruega, Suíça e Banco da Inglaterra.
Os dados empurraram os participantes do mercado na direção de esperar que o Banco da Inglaterra aumente sua taxa básica em apenas 50 pontos-base em sua reunião remarcada do Comitê de Política Monetária no final desta semana. A Sterling também está sob pressão devido à incerteza sobre a direção que a política fiscal tomará sob o novo governo da primeira-ministra Liz Truss, porém o mercado inglês está fechado hoje devido ao funeral da Rainha Elizabeth II.
O sentimento não foi ajudado pelo fracasso da tão esperada 'fusão' do Ethereum para resultar em um aumento imediato na demanda pelo token nativo da rede Ether. O Ether caiu 9,3% durante a noite, para uma baixa de dois meses de US$ 1.298,62, enquanto o Bitcoin caiu 7,2%, para US$ 18.489,00.
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3. Ações americanas definidas para estender perdas
Os mercados de ações dos EUA devem abrir sob a mesma nuvem de apetite ao risco deprimido, estendendo as quedas da semana passada.
Às 08h018, os futuros da Nasdaq 100 caíam 0,84%, enquanto os da S&P 500 e da Dow Jones recuavam 0,78% cada. Os três índices de referência em dinheiro haviam perdido entre 4,8% e 6,7% na semana passada, sua pior semana em três meses.
As ações que provavelmente estarão em foco mais tarde incluem a AutoZone (NYSE:AZO), que está configurada para relatar seus resultados. Também em foco estarão os ADRs da Volkswagen AG (ETR:VOWG), após a empresa anunciar a faixa de preço para o IPO de sua unidade Porsche. A VW tem como objetivo uma avaliação de até 75 bilhões de euros (US$ 75 bilhões) com o spin-off, que espera liberar valor e ajudar a financiar sua transição para a mobilidade elétrica.
O relatório mensal da National Association of Homebuilders' sobre o mercado imobiliário é o único item de nota no calendário de dados.
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4. Copom se reúne nesta semana
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) se reúne nesta semana para discutir um possível reajuste na taxa Selic. Até o momento, o mercado se divide entre aqueles que apostam na manutenção do juros em 13,75% ao ano e aqueles que esperam por um ajuste residual de 0,25 p.p..
De toda forma, o sentimento geral é que o ciclo de alta dos juros esteja próximo do fim e que após a reunião desta semana, o Copom deve manter a Selic neste patamar pelo menos até o final do ano. Ainda assim, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, mantém o tom duro em seus discursos de que a autoridade está comprometida com controle da inflação e que não descarta novos apertos monetários.
Em agosto, o IPCA caiu 0,36%, melhor resultado para o mês desde 1998, quando houve deflação de 0,51%. No acumulado de 12 meses, a inflação ficou em 8,73%. Segundo o Boletim Focus da semana passada, a previsão é que 2022 termine com um IPCA em 6,70% e a Selic em 13,75%.
Às 08h19, o ETF EWZ recuava 0,67% no pré-mercado americano.
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5. O petróleo escorrega devido a preocupações com a demanda
Os preços do petróleo caíram ainda mais abaixo de US$ 100 em meio a preocupações com o estado da economia global, com expectativas de mais fraqueza na China, apesar do levantamento das restrições do Covid-19 na megacidade de Chengdu no final da semana passada.
Às 08h21. os futuros de petróleo dos EUA caíam 2,04%, a US$ 83,03 por barril, enquanto os de Brent recuavam 1,82%, a US$ 89,69 por barril, testando uma baixa de sete meses. Houve pouco apoio, mesmo de um relatório dizendo que a Opep e seus aliados perderam sua meta de produção mensal em mais de 3,5 milhões de barris no mês passado.
Os preços do Gás natural também continuaram a cair, já que os comerciantes tiveram uma visão mais otimista sobre as chances da Europa passar o inverno sem gás russo. Os recentes reveses da Rússia no campo de batalha e a pressão diplomática sobre o presidente Vladimir Putin evidente em trocas na semana passada com Xi Jinping e Narendra Modi acalmaram os temores sobre a extensão da influência de Moscou nos mercados de energia.