SÃO PAULO (Reuters) - O grupo de medicina diagnóstica Fleury (SA:FLRY3) deve crescer este ano nas operações em hospitais, consideradas "muito importantes" para a empresa, disse nesta sexta-feira o presidente da empresa, Carlos Marinelli.
Em teleconferência com analistas, Marinelli afirmou que esse tipo de operação traz conhecimentos em áreas diferentes para a companhia, que trabalha em espaços fora de seus laboratórios tradicionais e lida com pacientes também em condições diferentes da predominante em suas unidades convencionais.
A receita bruta com operações em hospitais atingiu 93 milhões de reais no quarto trimestre, alta de 12,8 por cento ante igual período do ano anterior, conforme balanço divulgado na véspera.
Em fevereiro deste ano, o Fleury iniciou a operação de análises clínicas no hospital AC Camargo, centro de referência no tratamento contra câncer, em São Paulo. A nova operação inicia após o encerramento dos contratos, no quarto trimestre, com os hospitais Marcelino Champagnat, no Paraná, e Barra D'Or, no Rio de Janeiro.
Na véspera, o Fleury informou que encerrou 2017 com a maior margem sobre o resultado operacional desde que estreou na bolsa, com crescimento na receita e controle de custos.
O lucro antes de impostos, juros, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês), avançou 29,7 por cento sobre os três últimos meses de 2016, a 130,7 milhões de reais. Já a margem Ebitda subiu 3,2 pontos percentuais, para 22,4 por cento no período.
No ano, a margem subiu 2,92 pontos percentuais, para 26 por cento e atingiu o maior patamar desde a oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) da empresa, em 2009.
Às 12:42, as ações do Fleury subiam 2,05 por cento, liderando as altas do Ibovespa, que caía 1,4 por cento.
(Por Flavia Bohone)