Funcionários protestam após chefe de vigilância do consumidor dos EUA mandar equipe parar de trabalhar

Publicado 10.02.2025, 20:59
Atualizado 10.02.2025, 21:00
© Reuters. Protesto perto do Consumer Financial Protection Bureau (CFPB) após diretor interino mandar funcionários ficarem longe do escritório e não trabalharemn10/02/2025nREUTERS/Craig Hudson

Por Douglas Gillison e Matt Tracy

WASHINGTON (Reuters) - Centenas de manifestantes se reuniram do lado de fora do escritório do Consumer Financial Protection Bureau dos Estados Unidos (CFPB) nesta segunda-feira, após o recém-empossado chefe órgão de proteção financeira de consumidores norte-americanos indicado pelo presidente Donald Trump dizer a todos os funcionários da agência para ficarem longe do escritório.

Os manifestantes se reuniram em um pátio do lado de fora da sede do CFPB, perto da Casa Branca, cantando refrões como "Deixe-nos trabalhar" e "Quem somos nós? CFPB! O que fazemos? Trabalhamos para você!"

O órgão de vigilância tem servido como uma salvaguarda fundamental para os consumidores, colhendo bilhões em fundos reembolsados às partes prejudicadas, dizem seus defensores.

Mas o setor financeiro e parlamentares republicanos têm reclamado que o CFPB tem muito poder e pouca responsabilidade.

A mais recente medida contra o órgão de fiscalização foi seguiu-se à decisão de fechar a sede do CFPB em Washington no fim de semana, deixando ociosa uma agência federal com quase 2.000 funcionários encarregados de fazer cumprir as leis financeiras do consumidor.

"Os funcionários não devem entrar no escritório", disse o diretor interino do CFPB, Russell Vought, em um email para todos os servidores. "Por favor, não realizem nenhuma tarefa de trabalho".

Vought assumiu o controle da agência na sexta-feira. Ele é o arquiteto do manifesto de política de direita conhecido como Projeto 2025, que pedia a abolição do CFPB.

Os esforços do governo do presidente Donald Trump para neutralizar a agência se intensificaram no fim de semana, quando o Departamento de Eficiência Governamental do bilionário Elon Musk obteve acesso total aos sistemas de computador do CFPB. Vought ordenou o fim de toda a supervisão das empresas financeiras de consumo.

Musk prometeu destruir o CFPB e, na sexta-feira, postou "CFPB RIP" em sua plataforma de mídia social X. A agência seria responsável pela regulamentação de seu empreendimento comercial planejado com a gigante de pagamentos Visa.

A Casa Branca disse em um comunicado que o CFPB há tempos funciona como mais um "braço armado da burocracia woke que alavanca seu poder contra certos setores e indivíduos desfavorecidos pelas chamadas elites".

E acrescentou: "o armamento acaba agora mesmo".

Os protestos continuavam na noite desta segunda-feira com uma manifestação de funcionários, parlamentares democratas e organizações progressistas reunidos do lado de fora da sede da agência, perto da Casa Branca.

(Reportagem de Douglas Gillison; reportagem adicional de Tatiana Bautzer, Hannah Lang, Saeed Azhar e Pete Schroeder)

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