Por Alwyn Scott e Sanjana Shivdas
(Reuters) - A General Electric (NYSE:GE) reportou prejuízo no segundo trimestre, com o resultado pressionado pelos custos de reestruturação de seu negócio de energia e pela suspensão de um jato da Boeing (NYSE:BA).
A fabricante de motores a jato, usinas elétricas e dispositivos médicos sediada em Boston também disse que o vice-presidente financeiro, Jamie Miller, está deixando o cargo, mas permanecerá até que um sucessor seja contratado.
A empresa, porém, elevou sua previsão de lucro em 2019 em 0,05 dólar por ação, para entre 0,55 e 0,65 dólar, e mudou sua previsão de fluxo de caixa livre industrial para entre 1 bilhão de dólares negativos e 1 bilhão de dólares positivos, de zero para 2 bilhões de dólares negativos anteriormente.
O prejuízo da GE de operações contínuas atribuíveis aos acionistas foi de 291 milhões de dólares no trimestre encerrado em 30 de junho, em comparação com um lucro de 679 milhões no ano anterior.
O prejuízo por ação das operações contínuas foi 0,03 dólar, ante lucro de 0,08 dólar, disse a empresa. Em uma base ajustada, a GE teve lucro de 0,17 dólar por ação, incluindo um ganho único de auditoria fiscal de 0,06 dólar. As estimativas de analistas apontavam 0,12 dólar, em média, de acordo com dados Refinitiv.
A receita total caiu 1,1%, para 28,8 bilhões de dólares.
O negócio de energia da GE, que há muito tempo prejudica os resultados, registrou um lucro de 117 milhões de dólares. Mas seu negócio de aviação relativamente forte sofreu quando os problemas aumentaram com o jato 737 MAX da Boeing, que as autoridades reguladoras suspenderam em março.
A GE, que fabrica os motores do jato por meio de uma joint venture, informou que teve uma queima de caixa de 600 milhões de dólares no trimestre devido à suspensão e espera um impacto de 400 milhões de dólares por trimestre no segundo semestre, caso a suspensão continue.
(Reportagem de Alwyn Scott em Nova York e Rachit Vats e Sanjana Shivdas em Bangalore)