Por Ana Beatriz Bartolo
Investing.com - A Getnet (SA:GETT11) mostrou nos seus resultados que continua evoluindo no desempenho das suas operações, fazendo com que o BTG Pactual (SA:BPAC11) classificasse o primeiro trimestre da empresa como “decente”. O banco ainda se mantém cauteloso em relação à companhia de pagamentos, mas enxerga com bons olhos o caminho que a GetNet está traçando para os próximos meses.
Às 14h55, as ações da GetNet recuavam 2,71%, a R$ 3,59.
O lucro líquido da GetNet chegou a R$ 91 milhões, um avanço anual de 59% que também superou em 6% as expectativas do BTG. O banco aponta que essa diferença se deu por causa do aumento da receita líquida, que é uma consequência do aumento da incidência de cartões de crédito e volumes de varejo no mix de TPV.
A expansão da participação do e-commerce, combinada com os efeitos da sazonalidade, levou a um aumento de 200pb na participação do crédito no mix de TPV, para 66%. O indicador chegou aos R$ 110 bilhões no trimestre, o que impulsionou as taxas de aceitação, indicando uma melhora na rentabilidade.
Maiores volumes de pré-pagamentos e os ajustes nas taxas ajudaram na receita de participação nos lucros, apesar da alta nos juros. O BTG também aponta que esse foi o segundo trimestre consecutivo de melhora operacional e aumento das taxas de captação da GetNet, o que traz sinais positivos para o resto do ano.
O BTG ainda destaca que o Conselho de Administração da GetNet aprovou a distribuição de R$ 96 milhões de juros sobre o capital próprio (JCP) a serem pagos em 27 de junho, implicando um dividend yield de 2,8%.
Porém, mesmo diante da baixa liquidez da empresa, as ações da empresa são negociadas a 7,7x P/E22 e 6,0x P/E23, o que seria um pouco exigente, na visão do banco. O BTG se mantém neutro, mas com um viés positivo, em relação aos papéis da GetNet, com preço-alvo de R$ 5.