As principais empresas de exploração de energia dos EUA, Exxon Mobil (NYSE:XOM), Chevron Corp (NYSE:NYSE:CVX) e ConocoPhillips (NYSE:NYSE:COP), pagaram mais de 42 bilhões de dólares a governos estrangeiros, um valor que excede significativamente seus pagamentos nos Estados Unidos. Esses pagamentos foram divulgados sob uma nova regulamentação da Securities and Exchange Commission (SEC) que foi aplicada pela primeira vez este ano, com o objetivo de proporcionar transparência nas transações financeiras dessas empresas no exterior.
A Exxon Mobil, gigante do petróleo com sede no Texas, relatou quase 25 bilhões de dólares em pagamentos globais, com aproximadamente 90% desse montante direcionado a governos estrangeiros. Os Emirados Árabes Unidos, a Indonésia e a Malásia foram os principais beneficiários, recebendo 7,4 bilhões de dólares, 4,6 bilhões de dólares e 3,2 bilhões de dólares, respectivamente. Em contraste, os pagamentos da Exxon nos EUA somaram cerca de 2,3 bilhões de dólares, incluindo 1,2 bilhão de dólares para o Internal Revenue Service dos EUA. O relatório da empresa destacou que seus ganhos upstream baseados nos EUA foram de 4,2 bilhões de dólares, em comparação com 17,1 bilhões de dólares obtidos em mercados internacionais.
A Exxon, em seu relatório à SEC, expressou preocupações de que a comparação entre os pagamentos nos EUA e no exterior é injusta, citando que os pagamentos totais ao governo dos EUA chegam a 6,6 bilhões de dólares quando incluídos mais de 4 bilhões de dólares em impostos estaduais e locais não cobertos pelas regulamentações da SEC. A empresa se recusou a fazer comentários adicionais.
A Chevron divulgou pagamentos de 14,6 bilhões de dólares a governos estrangeiros, com a Austrália recebendo a maior parcela, de 4 bilhões de dólares. Os pagamentos da Chevron nos EUA totalizaram 2 bilhões de dólares. O porta-voz da Chevron mencionou que os custos operacionais da empresa nos EUA são frequentemente muito menores do que nas operações no exterior. A presença significativa da Chevron na Bacia do Permiano é notada por sua conexão com terras com pagamentos de royalties baixos ou inexistentes, o que é visto como benéfico para o valor dos acionistas.
A exigência dessas divulgações decorre da Seção 1504 da Lei Dodd-Frank, que abriu caminho para uma maior transparência em relação às atividades no exterior das empresas de energia. A SEC adotou essas regras em 2020 após uma longa batalha que viu um tribunal federal anular um mandato inicial em 2013 e o Congresso bloquear uma segunda tentativa em 2017.
A Reuters contribuiu para este artigo.
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