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LONDRES (Reuters) - A mineradora e trading Glencore (LON:GLEN) disse nesta quarta-feira que a estratégia de longo prazo poderia envolver a venda de sua participação de 16,4% na Bunge (NYSE:BG) Global em algum momento no futuro.
A Glencore tornou-se dona da fatia de 16,4% depois que a Bunge concluiu, em julho, um acordo de fusão há muito adiado com a Viterra, empresa de comercialização de grãos apoiada pela Glencore, dois anos depois de anunciar o mega-negócio de US$34 bilhões.
"O setor agrícola não é necessariamente compatível com o nosso modelo de negócios", disse o CEO da Glencore, Gary Nagle, em uma teleconferência com a imprensa nesta quarta-feira, após a divulgação dos resultados financeiros do primeiro semestre da empresa. "Ter uma participação de 16,4% na Bunge provavelmente não é algo que seria para a Glencore no longo prazo."
Ele acrescentou que isso não significava que a Glencore estaria com pressa para vender a participação e, se algum dia decidisse fazê-lo, "faríamos em absoluta colaboração e em conjunto com a Bunge, seu conselho e sua administração".
A fusão com a Viterra fortaleceu os negócios de exportação de grãos e processamento de sementes oleaginosas da Bunge nos Estados Unidos e expandiu a capacidade de exportação da Bunge e a área física de armazenamento e manuseio de grãos nos principais fornecedores de trigo, Canadá e Austrália, segundo analistas.
O objetivo da Glencore é maximizar o valor desse investimento, enquanto a possível "saída dele em algum momento no futuro seria feita de forma muito inteligente e cuidadosa para garantir que preservemos valor", acrescentou o CEO.
(Reportagem de Polina Devitt)