(Reuters) - O Google (NASDAQ:GOOGL) disse nesta segunda-feira que tornará obrigatório aos anunciantes sinalizar propagandas eleitorais que tenham utilizado conteúdo digitalmente alterado para retratar pessoas ou eventos reais ou de aparência realista, em seu mais recente passo para combater a desinformação eleitoral.
A atualização, sob as normas da companhia para publicação de conteúdo político, exige que os anunciantes marquem uma caixa na seção "conteúdo alterado ou sintético" nas configurações da campanha.
O rápido crescimento da inteligência artificial generativa, que pode criar texto, imagens e vídeos em segundos em resposta a comandos, tem levantado preocupações sobre a possibilidade de uso indevido.
O aumento de deepfakes, conteúdos manipulados de maneira convincente para representar alguém de forma enganosa, tornou ainda mais tênue a linha entre o real e o falso.
O Google disse que gerará uma sinalização no próprio anúncio para feeds e vídeos curtos em celulares e transmissões em computadores e televisões. Para outros formatos, os anunciantes serão obrigados a fornecer uma "sinalização proeminente" perceptível para os usuários.
A "linguagem de divulgação aceitável" variará de acordo com o contexto do anúncio, disse o Google.
Separadamente, a OpenAI, liderada por Sam Altman, disse em maio que havia interrompido cinco operações secretas de influência que buscavam usar seus modelos de IA para "atividade enganosa" na internet, numa "tentativa de manipular a opinião pública ou influenciar resultados políticos".
A Meta disse no ano passado que faria com que os anunciantes divulgassem se IA ou outras ferramentas digitais estavam sendo usadas para alterar ou criar anúncios relacionados a política, sociedade ou eleições no Facebook (NASDAQ:META) e no Instagram.
(Reportagem de Jaspreet Singh em Bengaluru)