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Por Sergio Goncalves
LISBOA (Reuters) - O governo português espera que a privatização parcial da companhia aérea nacional TAP decorra sem problemas, graças a um raro consenso político entre os partidos e ao interesse das maiores companhias aéreas da Europa, disse nesta sexta-feira o ministro das Infraestruturas, Miguel Pinto Luz.
Ele afirmou que, embora o governo minoritário de centro-direita tivesse inicialmente desejado vender 100% da TAP, acabou por oferecer apenas 49,9% depois de os dois principais partidos da oposição terem ameaçado bloquear qualquer venda maior, o que levou a um "amplo consenso no Parlamento" com o partido de extrema-direita Chega e os Socialistas.
"Agradeço ao Parlamento por não ter adiado a privatização, que é tão necessária para a empresa. Isso demonstra que o diálogo e o respeito mútuo são sempre a melhor forma de fazer política", disse ele a uma comissão parlamentar.
Por uma questão de transparência, a venda será monitorizada e analisada por uma comissão especial independente e por um grupo de trabalho parlamentar.
Portugal relançou em julho a privatização da TAP, que estava atrasada há muito tempo, com o objetivo de vender uma participação de 44,9% para uma companhia aérea que possa trazer escala e competitividade globais, com mais 5% a serem oferecidos aos funcionários da TAP.
As companhias aéreas interessadas na TAP devem apresentar formalmente uma "manifestação de interesse" até 21 de novembro e propostas não vinculativas até o final do ano.
Lufthansa, Air France-KLM e a IAG, proprietária da British Airways , afirmaram ter interesse em adquirir a TAP e realizaram reuniões com o governo ao longo do último ano.
