Governo Trump busca caminho para que empresas americanas exportem chips de IA

Publicado 23.07.2025, 12:48
Atualizado 23.07.2025, 12:50
© Reuters. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na sala Roosevelt da Casa Branca, em Washington, EUA, em 21 de janeiro de 2025.  REUTERS/Carlos Barria/Foto de arquivo

(Reuters) - O governo Trump divulgou nesta quarta-feira um novo projeto de inteligência artificial que visa desregulamentar o setor e tornar mais fácil e menos arriscado para as empresas americanas exportarem tecnologia para países estrangeiros.

O presidente Donald Trump marcará o lançamento do plano com um discurso descrevendo a importância de vencer uma corrida pela liderança em IA, um elemento que é cada vez mais visto como uma característica definidora da geopolítica do século XXI, com a China e os Estados Unidos investindo pesadamente no setor para garantir a superioridade econômica e militar.

O plano, que inclui cerca de 90 recomendações, pede a exportação da tecnologia de IA dos EUA para o exterior e uma repressão às leis estaduais consideradas muito restritivas para permitir que o seu desenvolvimento, um afastamento significativo da abordagem de "barreira elevada" do seu antecessor, Joe Biden, que limitava o acesso global aos cobiçados semicondutores de IA.

O governo disse que planeja fazer parceria com o setor de IA para criar pacotes de exportação de chips e software para os amigos e aliados dos Estados Unidos.

Trump incorporará algumas das recomendações do plano em decretos que serão assinados antes de seu discurso, de acordo com duas fontes familiarizadas com os planos. Trump instruiu seu governo em janeiro a desenvolver o plano.

Espera-se que Trump tome medidas adicionais nas próximas semanas que ajudarão a Big Tech a garantir as grandes quantidades de eletricidade necessárias para alimentar os data centers que consomem muita energia, necessários para a rápida expansão da IA, informou a Reuters anteriormente.

Trump quer remover as barreiras à expansão da IA, em forte contraste com Biden, que temia que adversários dos EUA, como a China, pudessem aproveitar os chips de IA produzidos por empresas como a Nvidia (NASDAQ:NVDA) e a AMD (NASDAQ:AMD) para fortalecer suas forças armadas e prejudicar países aliados.

(Reportagem de Jarrett Renshaw e Alexandra Alper; reportagem adicional de Krystal Hu em Nova York)

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