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GPA espera 1º tri positivo apesar de calendário menos favorável, diz presidente

Publicado 21.02.2019, 17:24
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Por Gabriela Mello

SÃO PAULO (Reuters) - O Grupo Pão de Açúcar (GPA (SA:PCAR4)) iniciou 2019 com ritmo positivo de vendas e vê potencial para encerrar o primeiro trimestre com números melhores que os registrados um ano atrás, apesar de um efeito calendário menos favorável.

"O primeiro trimestre vai ter impacto em função da Páscoa escorregar para o segundo trimestre, mas temos tido uma performance de vendas boa e estamos compensando com outros eventos para continuar essa tendência", disse nesta quinta-feira o diretor presidente do GPA, Peter Estermann, em entrevista concedida à Reuters.

Ele observou que alguns indicadores econômicos já mostram sinais de melhora, o que somado aos esforços da companhia nos últimos quatro anos para ganhar eficiência operacional deve se traduzir em resultados melhores.

Entre os focos para 2019, o executivo destacou a abertura de mais lojas Assaí, conversões de supermercados, retomada da expansão orgânica do formato de proximidade e iniciativas de transformação digital, incluindo a startup de entregas James Delivery, adquirida em dezembro.

Estermann avalia que pode haver no futuro uma tendência de consolidação dos diferentes aplicativos em um único, embora essa não seja umas das prioridades do grupo neste momento. "A expectativa para o James é de crescimento alto nos próximos três anos e o resultado preliminar em Curitiba é animador", contou o diretor presidente.

Dentro da marca premium Pão de Açúcar, ele disse que o plano é converter mais 20 supermercados para geração 7, elevando a 40 o total de lojas renovadas até o fim deste ano, além de retomar a expansão orgânica a partir de 2020, com entrada em novos mercados, preferencialmente já nesse novo modelo.

Ainda no multivarejo, o GPA deve acelerar as conversões de Extra Super em Mercado Extra e Compre Bem. "Já temos visão clara onde cada formato performa melhor, mas dificilmente converteremos todas os 186 lojas nesse ano", afirmou o executivo. Até o momento, 36 já foram convertidas.

Em formatos de proximidade, a varejista pode abrir até 15 novas unidades do Minuto Pão de Açúcar em São Paulo, com aceleração progressiva nos próximos anos. "Também temos expectativa de duplicar número de postos nos próximos quatro anos", comentou o diretor-executivo de proximidade, postos e drogarias, Frederic Garcia.

Estermann explicou que o grupo já iniciou o piloto de um minihub em hipermercado Extra para facilitar a logística de abastecimento das lojas de proximidade, o que segundo ele contribuirá futuramente para a abertura de unidades tanto do Minuto Pão de Açúcar quanto do Mini Extra fora de São Paulo.

Para o atacarejo, segmento que mais cresce dentro do GPA, a estratégia é abrir 20 lojas Assaí, incluindo em novos Estados como Amapá, Tocantins e Roraima, segundo o presidente da divisão, Belmiro Gomes. Em 2018, o Assaí inaugurou 18 novas unidades, gerando mais de 5 mil postos de trabalho.

As ações do GPA devolveram os ganhos observados mais cedo e recuavam 0,9 por cento na reta final do pregão, após a divulgação do balanço trimestral.

Considerando operações em continuidade, o lucro líquido dos acionistas controladores no quarto trimestre disparou 155 por cento na comparação anual, para 528 milhões de reais.

Em relatório, analistas do Bradesco BBI consideraram os resultados "compatíveis" com a recomendação "outperform" para o papel. Já a equipe do BTG Pactual (SA:BPAC11) avaliou o balanço como "encorajador" e destacou ainda que as metas traçadas para 2019 vieram em linha com as previsões do banco.

O GPA estimou crescimento de vendas mesmas lojas em 2019 de ao redor de 1 ponto percentual acima da inflação medida pelo IPCA na divisão multivarejo e expansão de 2 pontos acima da inflação no Assaí, com receita crescendo mais de 20 por cento.

VIA VAREJO

O GPA continua buscando um comprador estratégico para sua participação na rede de móveis e eletrodomésticos Via Varejo (SA:VVAR3), afirmou o diretor vice-presidente de finanças do grupo, Christophe José Hidalgo.

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Os comentários foram feitos após a companhia informar que seu conselho de administração autorizou nova alienação de 40 milhões de ações da controlada, correspondentes a 3,09 por cento do capital, no dia 25 de fevereiro.

Em dezembro, a empresa havia dado a largada no processo de desinvestimento na Via Varejo, disponibilizando ao mercado uma fatia de 3,86 por cento do negócio, com previsão de concluir a saída até o fim de 2019.

"A decisão se haverá outras (operações de venda de ações no mercado) depois dessa dependerá muito das condições de mercado", alertou Hidalgo. Ainda de acordo com ele, a busca por comprador estratégico tem avançado diante de um cenário macroeconômico um pouco melhor, o que traz alívio ao investidor.

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