LONDRES (Reuters) - O aplicativo de relacionamento Grindr está enfrentando um processo coletivo em Londres que acusa a empresa de falhar na proteção de dados dos usuários e afirma que informações privadas, incluindo status de HIV, foram compartilhadas com terceiros sem consentimento.
O escritório de advocacia Austen disse que o processo está sendo apresentado no Tribunal Superior de Londres e que milhares de usuários do Grindr no Reino Unido podem ter sido afetados. A firma alega que as informações altamente confidenciais dos usuários, incluindo o status de HIV e a data do último teste de HIV, foram fornecidas a terceiros para fins comerciais.
O Grindr disse em declaração ao jornal The Guardian que planeja "responder vigorosamente a essa alegação, que parece ser baseada em uma descaracterização de práticas de mais de quatro anos atrás".
A Austen Hays disse que cerca de 670 pessoas se inscreveram no processo coletivo, que trata de eventos que teriam ocorrido entre 2018 e 2020. O escritório afirma que potencialmente milhares de outros usuários poderão se juntar ao caso.
Chaya Hanoomanjee, diretora administrativa da Austen Hays, disse que "o Grindr deve à comunidade LGBTQ+ que atende compensar aqueles cujos dados foram comprometidos e que sofreram angústia como resultado, e garantir que todos os seus usuários estejam seguros ao usar o aplicativo, onde quer que estejam, sem medo de que seus dados possam ser compartilhados com terceiros".
O Grindr não respondeu imediatamente a um pedido de comentário feito pela Reuters.
"Temos orgulho de nosso programa global de privacidade e levamos a privacidade extremamente a sério", afirmou a empresa ao The Guardian.
(Por Sam Tobin)