Por Sabrina Valle
GEORGETOWN, Guiana (Reuters) - A Guiana pode formar uma empresa nacional de petróleo e gás para supervisionar sua própria exploração em vez de realizar um leilão de perfuração no mar este ano, disse um funcionário do governo a executivos internacionais de petróleo nesta terça-feira.
O pequeno país sul-americano tornou-se uma das fronteiras de exploração de petróleo mais cobiçadas em décadas, com enormes descobertas em sua costa atlântica. Espera-se que um leilão de licenças de prospecção seja realizado até o terceiro trimestre deste ano.
Um consórcio liderado pela norte-americana Exxon Mobil (NYSE:XOM) detém direitos sobre 6,6 milhões de acres (26.800 quilômetros quadrados) concedidos no início deste século e renovados em 2016. Esse grupo deverá bombear até 340 mil barris de petróleo por dia este ano.
"Temos algumas propostas de algumas pessoas nesta sala, de grandes operadoras, para trabalhar com o governo e utilizar os blocos restantes", disse o vice-presidente Bharrat Jagdeo diante de uma audiência que incluiu o chefe-executivo da Exxon, o CEO da Hess Corp (NYSE:HES) e funcionários de Gana, Suriname e Barbados.
"Ou vamos a um leilão, em algum momento no terceiro trimestre deste ano, com ou sem sísmica (levantamentos) da nossa parte, ou alternativamente usamos esses blocos para formar uma companhia petrolífera nacional”, disse.
"Até o terceiro trimestre deste ano todas essas decisões serão tomadas."
O país disse que espera atrair outras companhias de petróleo para explorar suas águas. O objetivo é concluir em breve uma nova estrutura de participação nos lucros que regularia a futura exploração e produção de petróleo.
O CEO da Exxon, Darren Woods, disse ao mesmo público que a empresa está comprometida com suas operações na Guiana. A companhia lidera um consórcio que inclui a Hess e a chinesa CNOOC Ltd.