Embraer dispara +20% em dois dias; não foi surpresa para esses modelos financeiros
LONDRES (Reuters) - A cervejaria holandesa Heineken acolheu com satisfação um acordo comercial entre a União Europeia e os Estados Unidos e disse nesta segunda-feira que estava avaliando todas as opções para lidar com os crescentes desafios tarifários a longo prazo, incluindo uma possível mudança de suas fábricas.
A segunda maior cervejaria do mundo exporta cerveja, especialmente sua homônima lager, para os EUA a partir da Europa e do México, e também sofreu com o impacto indireto sobre a confiança do consumidor em mercados importantes como o Brasil.
Não obstante, a empresa relatou um aumento de 7,4% no lucro operacional orgânico no primeiro semestre do ano, em comparação com as expectativas dos analistas de 7%, atribuindo o crescimento em regiões outrora difíceis, como a África e a Ásia, bem como a redução de custos.
As ações da Heineken caíam 4,3% após a cervejaria advertir sobre volumes mais baixos para o restante do ano, já que as políticas dos EUA, especialmente sobre comércio, estão afetando os mercados nas Américas.
O presidente-executivo Dolf van den Brink comemorou a segurança que o acordo comercial fechado no domingo, que reduziu uma ameaça de tarifa de 30% dos EUA sobre os produtos da UE para 15% - uma taxa que ainda atingiria os lucros da Heineken nos EUA.
Todas as opções estão sendo consideradas para mitigar as tarifas a longo prazo, incluindo mudar as fábricas para outros lugares, disse ele, mas acrescentou que tais movimentos eram intensivos em capital e precisariam primeiro de mais consistência na política.
(Reportagem de Emma Rumney)