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Por Paula Arend Laier
SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa oscilava pouco nesta sexta-feira, com o viés positivo das bolsas norte-americanas sendo contrabalançado pelo avanço nas taxas de DIs, enquanto Weg figurava entre os destaques positivos em dia de evento da empresa com investidores.
Por volta de 12h10, o Ibovespa, referência do mercado acionário brasileiro, tinha variação negativa de 0,07%, a 143.852,36 pontos. O volume financeiro somava R$5,36 bilhões.
O pregão brasileiro tinha como pano de fundo novas máximas históricas em Wall Street, refletindo otimismo em relação a um iminente corte na taxa de juros pelo Federal Reserve. O S&P 500 avançava 0,39%.
No entanto, as taxas dos DIs davam continuidade ao movimento da véspera, quando os prêmios na curva subiram em meio aos receios com o cenário fiscal e eventuais medidas com viés eleitoreiro de olho em 2026.
Na pauta doméstica, o IBGE mostrou que a indústria nacional cresceu 0,8% em agosto ante o mês anterior, acima da expectativa em pesquisa da Reuters de alta de 0,3%. Na comparação com agosto de 2024, encolheu 0,7%, contra expectativa de queda de 0,8%.
Economistas do Bradesco destacaram em relatório a clientes que o resultado de agosto foi mais forte tanto pela magnitude da alta quanto pela sua abrangência entre os segmentos industriais.
"Esse desempenho contrasta com os sinais mais fracos captados pelos indicadores coincidentes e pela nossa Pesquisa Empresarial", afirmaram, avaliando que o resultado foi pontual e que não muda o cenário de crescimento mais fraco do PIB no terceiro trimestre.
DESTAQUES
- WEG ON subia 1,91%, em sessão com evento da companhia com analistas e investidores, no qual executivos revelaram que a empresa deve começar a vender na Europa no início do próximo ano recarregadores de bateria de veículos elétricos fabricados na região, entre outras perspectivas.
- EMBRAER ON avançava 1,2%, após a companhia divulgar na noite da véspera que entregou 62 aviões no terceiro trimestre, sendo 20 jatos comerciais, 41 executivos e uma aeronave de defesa.
- SLC AGRÍCOLA ON recuava 1,53%, tendo no radar previsões sobre área plantada para a safra 2025/26, divulgada na véspera pela companhia, que também estimou um custo de R$7.112 por hectare plantado para o ciclo 2025/26, alta de 10,2% ante o período anterior.
- AZZAS 2154 ON caía 2,71%, engatando a quarta queda seguida, pressionada nesta sessão também pelo avanço das taxas dos DI, o que reverberava também em papéis de outras empresas sensíveis a juros. ASSAÍ ON cedia 1,94% e MAGAZINE LUIZA ON perdia 2,29%.
- VALE ON valorizava-se 0,27%, em mais uma sessão sem o referencial da China por feriado naquele país, e novamente com GERDAU PN como destaque de alta do setor de mineração e siderurgia, com valorização de 2,27%. USIMINAS PNA subia 0,46% e CSN ON caía 0,37%.
- PETROBRAS PN tinha um acréscimo de 0,13%, buscando suporte no avanço do petróleo no exterior, onde o barril do Brent mostrava elevação de 0,97%.
- BANCO DO BRASIL ON subia 0,14%, descolado de seus pares do varejo no Ibovespa, com ITAÚ UNIBANCO PN em queda de 0,24%, BRADESCO PN cedendo 1,11% e SANTANDER BRASIL UNIT sendo negociada em baixa de 0,42%.
- MARISA ON recuava 3,31%, após divulgar que a CVM pediu que a companhia refaça resultados de 2022 a 2025 para constituição de provisões relacionadas a processos tributários de uma controlada indireta. A companhia disse que está avaliando medidas, inclusive eventual recurso.
- AMBIPAR ON, que não está no Ibovespa, afundava 36%, amplificando as perdas do papel, em meio a receios sobre "fragilidades na governança e na solidez do seu balanço patrimonial" após a companhia pedir e obter proteção contra credores.