Por Paula Arend Laier
SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa buscava se firmar no azul nesta segunda-feira, apoiado principalmente em Petrobras, em semana marcada por expectativas para a decisão de política monetária nos Estados Unidos e atenções voltadas a sinais sobre os próximos passos do Federal Reserve.
Às 11h51, o Ibovespa subia 0,5%, a 119.350,46 pontos. Na máxima, mais cedo, chegou a subir a 119.485,90 pontos. Na mínima, recuou a 118.388,03 pontos. O volume financeiro somava 5,9 bilhões de reais.
Na última sexta-feira, o Ibovespa fechou em queda de 0,53%, a 118.757,53 pontos, mas ainda terminou a semana com um ganho acumulado de 2,99%, em período no qual as atenções estiveram voltadas principalmente para dados norte-americanos e seus reflexos nas decisões do Fed, bem como para o noticiário chinês.
O banco central norte-americano anuncia decisão na quarta-feira e a previsão no mercado é de que a taxa de juros seja mantida na faixa de 5,25% a 5,50%. A divulgação da decisão virá acompanhada de projeções econômicas do Fed e seguida pela tradicional coletiva à imprensa do chair Jerome Powell.
Em Wall Street, o S&P 500 rondava a estabilidade nos primeiros negócios.
No Brasil, o Banco Central do Brasil estará sob os holofotes com decisão sobre a Selic na quarta-feira, com as previsões apontando corte de 0,50 ponto percentual sobre os atuais 13,25%. Assim como no caso do Fed, a atenção estará no comunicado e eventuais indicações sobre os movimentos seguintes.
Decisões do Banco da Inglaterra e do Japão também serão conhecidas durante a semana.
"O mercado financeiro deve seguir em compasso de espera até o anúncio destas decisões, na quarta-feira, o que deve gerar volatilidade", afirmou a equipe da Mirae Asset, em relatório a clientes.
DESTAQUES
- PETROBRAS PN (BVMF:PETR4) subia 2,27%, a 34,66 reais, endossada pela alta dos preços do petróleo no exterior, com o barril de Brent em alta de 0,71%, a 94,6 dólares.
- VALE ON (BVMF:VALE3) cedia 0,06%, a 69,5 reais, em dia de fraqueza dos futuros do minério de ferro. O contrato mais negociado da commodity na Dalian Commodity Exchange, na China, encerrou as negociações do dia com perda de 0,2%, após forte alta recente. No setor de mineração e siderurgia, GERDAU PN (BVMF:GGBR4) caía 2,21%, a 25,21 reais.
- ITAÚ UNIBANCO PN (BVMF:ITUB4) tinha variação positiva de 0,69%, a 27,77 reais, enquanto BRADESCO PN (BVMF:BBDC4) ganhava 0,27%, a 14,96 reais.
- BRASKEM PNA (BVMF:BRKM5) valorizava-se 6,61%, a 23,38 reais. A Petrobras divulgou mais cedo está fazendo "due dilligence" dos ativos da Braskem na hipótese de optar por exercer direito de preferência em uma eventual venda da participação da sócia Novonor na petroquímica. Em comunicado separado, a Braskem citou declaração da Novonor de que não houve qualquer material ou vinculante nas discussões que vem mantendo com as eventuais partes interessadas na aquisição de sua participação na Braskem.
- AZUL PN (BVMF:AZUL4) subia 3,03%, a 13,95 reais, tendo de pano de fundo relatório do JPMorgan (NYSE:JPM) elevando a recomendação das ações para "overweight" e o preço-alvo. No setor, GOL (BVMF:GOLL4) PN mostrava acréscimo de 2,43%, a 6,74 reais.
- TELEFÔNICA BRASIL (BVMF:VIVT3) PN avançava 2,36%, a 44,31 reais, chegando a 44,66 reais no melhor momento, máxima intradia desde julho de 2022. A Anatel aprovou pedido de anuência prévia para que a companhia, que atua sob a marca Vivo, promova "uma ou mais" reduções de capital, o que analistas destacaram que deve ser positivo para a remuneração a acionistas
- VIA ON (BVMF:VIIA3) caía 3,95%, a 0,73 real, renovando mínimas históricas, com o noticiário recente incluindo venda de ações com forte desconto em follow-on, possibilidade de investidores que participaram da oferta desistirem e risco de antecipação de dívida.
- VAMOS ON perdia 4,62%, a 10,11 reais, mínima intradia desde julho de 2022.
- MARISA LOJAS ON, que não está no Ibovespa, caía 5,8%, a 0,65 real, revertendo a alta da abertura, que superou 4%. A empresa anunciou parceria de 15 anos com a financeira Credsystem para oferta de empréstimo pessoal e de cartões em pontos físicos de venda o que pode gerar cerca de 400 milhões de reais em 12 meses para a varejista de moda.