Ibovespa avança com BB Seguridade como destaque de alta; GPA lidera na ponta negativa

Publicado 18.02.2025, 10:15
Atualizado 18.02.2025, 13:30
© Reuters

Por Paula Arend Laier

SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa mostrava uma alta discreta nesta terça-feira, já tendo trocado de sinal desde a abertura, em meio a movimentos de realização de lucros, um dia após renovar máximas do ano, flertando com os 129 mil pontos no melhor momento.

BB Seguridade era destaque positivo após divulgar resultado, previsões e dividendos, enquanto GPA (BVMF:PCAR3) figurava entre as maiores quedas nesta sessão, tendo no radar balanço que sairá após o fechamento do mercado e "downgrade" das ações por analistas do JPMorgan (NYSE:JPM).

Às 11h30, o Ibovespa subia 0,19%, a 128.800,41 pontos, tendo marcado 128.876,55 pontos na máxima e 128.012,49 pontos na mínima até o momento. O volume financeiro somava R$4,35 bilhões.

Em fevereiro, o Ibovespa acumula um ganho de 2,11% e no ano sobe 4,86%.

Para estrategistas do Citi, a desaceleração da agenda do Executivo/Legislativo durante janeiro/fevereiro blindou o Ibovespa de catalisadores negativos e mudanças nas probabilidades para a eleição de 2026 ajudaram os preços.

A rotação de fluxo de mercados desenvolvidos para emergentes, após uma forte alta dos mercados desenvolvidos, especialmente nos Estados Unidos, avaliaram, também ajudou na performance do Ibovespa.

"Embora a economia ainda esteja aquecida....esperamos uma desaceleração da economia local no segundo semestre de 2025 devido aos efeitos defasados ​​da política monetária", afirmaram em relatório a clientes nesta terça-feira.

DESTAQUES

- GPA ON recuava 5,73% antes da divulgação do balanço após o fechamento. Analistas do JPMorgan também cortaram a recomendação para a ação para "underweight", citando geração de caixa pressionada em razão de juros elevados e alternativas limitadas para acelerar a desalavancagem. A equipe do banco também afirmou que continua cautelosa com o setor e cortou os preços-alvo das ações de Assaí (BVMF:ASAI3) e Carrefour Brasil para R$8,50 (de R$10 antes) e R$7,70 (de R$11,50), respectivamente, mantendo a recomendação neutra para ambas as ações. ASSAÍ ON perdia 3,21% e CARREFOUR BRASIL ON (BVMF:CRFB3) subia 0,54%

- BB SEGURIDADE ON (BVMF:BBSE3) avançava 2,47% após reportar na véspera lucro líquido ajustado de R$2,17 bilhões nos três meses encerrados em dezembro de 2024, alta de 5,8% ano a ano. O braço de previdência e seguros do Banco do Brasil também divulgou projeções para 2025, incluindo um crescimento do resultado operacional não decorrente de juros (ex-holding) entre 3% e 8%. No ano passado, o resultado operacional cresceu 10,7%, superando o "guidance" de avanço entre 5% e 10%. A companhia ainda anunciou a distribuição de R$4,4 bilhões em dividendos, equivalentes a cerca de R$2,3 por ação.

- HYPERA ON subia 1,84%, tendo no radar nota técnica da Anvisa divulgada na véspera revelando que o Fator Y, um dos componentes para o cálculo do reajuste anual dos preços dos medicamentos no país pela CMED, será zero para 2025/2026. Analistas do Itaú BBA estimaram que menos de 40% das receitas da Hypera (BVMF:HYPE3) estão expostas ao aumento de preços regulado pela CMED. "Dessa forma, há espaço para a empresa compensar esse efeito aumentando os preços no restante de seus produtos não regulados por preços", afirmaram em relatório a clientes.

- RD (BVMF:RADL3) SAÚDE ON recuava 1,52%, com agentes também analisando a definição do Fator Y, um dos componentes para o cálculo do reajuste anual dos preços dos medicamentos no país pela CMED. Analistas do Itaú estimaram com base no novo dado que o reajuste final dos medicamentos deve ficar em torno de 3,7% na média, abaixo da inflação. "Tal cenário pode prejudicar a capacidade das farmácias de entregar alavancagem operacional, particularmente no segundo semestre de 2025, pois esperamos que a inflação acelere ao longo do ano", afirmaram, aproveitando para reduzir a previsão dos lucros da RD em 2025 e 2026.

- VALE ON (BVMF:VALE3) avançava 0,88%, ajudada pela alta dos futuros do minério de ferro na China, em meio à melhora na demanda por aço e expectativas de mais estímulos da China. O contrato mais negociado da commodity na Dalian Commodity Exchange encerrou o dia com alta de 2,51%. Ainda no setor de mineração e siderurgia, USIMINAS PNA (BVMF:USIM5) era destaque com valorização de 2,18%.

- BANCO DO BRASIL ON (BVMF:BBAS3) subia 0,72% no penúltimo pregão antes da divulgação do balanço do quarto trimestre e de 2024 na quarta-feira, após o fechamento, com agentes também analisando os números da BB Seguridade. No setor, ITAÚ UNIBANCO PN (BVMF:ITUB4) cedia 0,83%, BRADESCO PN (BVMF:BBDC4) mostrava acréscimo de 0,08% e SANTANDER BRASIL UNIT (BVMF:SANB11) registrava variação positiva de 0,04%.

- PETROBRAS PN (BVMF:PETR4) avançava 0,69%, enquanto PETROBRAS ON (BVMF:PETR3) subia 0,82%, tendo de pano de fundo variação modesta do preço do barril de Brent no exterior. De acordo com reportagem publicada pela Reuters na véspera, citando fontes, o centro de despetrolização que está sendo construído pela Petrobras no Oiapoque (AP) para atender uma das principais demandas do Ibama na análise da licença de exploração na Foz do Amazonas deverá ser concluído até o fim de março.

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