Por Paula Arend Laier
SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa avançava nesta quinta-feira, tendo as ações da Vale entre os principais suportes, acompanhando a alta do minério de ferro na China, enquanto Itaú também estava sob os holofotes, após resultado sólido, mas previsões para 2025 consideradas conservadoras por analistas
Por volta de 11h45, o Ibovespa, referência do mercado acionário brasileiro, subia 0,38%, a 126.009,53 pontos, tendo marcado 126.243,14 pontos na máxima e 125.249,04 pontos na mínima até o momento. O volume financeiro somava 4,55 bilhões de reais.
Em Nova York, investidores avaliavam balanços de empresas como a Honeywell enquanto os mercados aguardam a próxima ação do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre restrições comerciais e outras políticas federais. O S&P 500 registrava acréscimo de 0,26%.
DESTAQUES
- VALE ON (BVMF:VALE3) avançava 1,75%, endossada pela alta dos futuros de minério de ferro na China, onde o contrato mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian (DCE) encerrou as negociações do dia com acréscimo de 1,43%, a 817,5 iuanes (US$112,22) a tonelada. No setor, CSN MINERAÇÃO ON (BVMF:CMIN3) subia 3,05%.
- PETROBRAS PN (BVMF:PETR4) subia 0,35%, favorecida pela alta dos preços do petróleo no exterior, onde o barril de Brent tinha elevação de 0,55%.
- AZUL PN (BVMF:AZUL4) valorizava-se 5%, experimentando uma recuperação após despencar quase 9% na véspera, quando reagiu à aprovação pelo conselho de administração da companhia de aumento de capital de entre 1,5 bilhão e 6,1 bilhões de reais mediante emissão de novas ações para entrega a credores da empresa, o que deve provocar a diluição de acionistas.
- MAGAZINE LUIZA ON (BVMF:MGLU3) subia 5,38%, em dia de ajustes após recuar cerca de 5% na véspera, em sessão mais positiva para ações de empresas sensíveis à economia doméstica, com o índice do setor de consumo em alta de 0,72% e o do setor imobiliário avançando 0,98%.
- ITAÚ UNIBANCO PN (BVMF:ITUB4) recuava 0,26%, afastando-se das mínimas da abertura, após reportar na véspera resultado trimestral considerado sólido por analistas e anunciar R$18 bilhões em remuneração adicional a acionistas. Analistas, porém, consideraram as previsões do banco para o ano conservadoras. O presidente afirmou que o banco está bastante confortável com a projeção, mas acrescentou que, se o cenário mudar para melhor, o Itaú tem uma capacidade de acelerar e reagir muito grande.
- BRADESCO PN (BVMF:BBDC4) ganhava 1,3%, com o balanço previsto para a sexta-feira, antes da abertura da bolsa. Ainda no setor, SANTANDER BRASIL UNIT (BVMF:SANB11) caía 0,7%, refletindo ajustes após desempenho robusto na véspera após divulgar lucro acima do esperado. BANCO DO BRASIL ON (BVMF:BBAS3), que reporta resultado no próximo dia 19, cedia 0,22%.
- EMBRAER ON (BVMF:EMBR3) caía 2,55% depois de disparar na véspera, renovando máximas históricas, embalada pela encomenda recorde feita por uma companhia norte-americana.
- RAÍZEN PN (BVMF:RAIZ4) recuava 1,18%, voltando a renovar mínimas históricas, em meio a preocupações sobre os resultados da companhia no quarto trimestre. Analistas do Citi atualizaram o modelo da companhia, cortando estimativas e reduzindo o preço-alvo para 3,50 reais, de 4,50 reais anteriormente. A recomendação de compra, porém, foi mantida.