Ibovespa avança puxado por BB e volta a flertar com 143 mil pontos

Publicado 10.09.2025, 11:56
Atualizado 10.09.2025, 11:56
Ibovespa avança puxado por BB e volta a flertar com 143 mil pontos

Por Paula Arend Laier

SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa avançava nesta quarta-feira, voltando a superar os 143 mil pontos na máxima, puxado principalmente pelas ações do Banco do Brasil, enquanto agentes financeiros também analisam o IPCA de agosto e permanecem atentos ao julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF).

Por volta de 11h40, o Ibovespa, referência do mercado acionário brasileiro, subia 0,83%, a 142.794,00 pontos, após marcar 143.181,59 no melhor momento, perto da máxima histórica intradia de 143.408,64 pontos, registrada no último dia 5. O volume financeiro somava R$5,9 bilhões.

O IPCA recuou 0,11% em agosto, na primeira deflação em um ano, refletindo redução pontual nos custos da energia elétrica e da aceleração na queda dos preços de alimentos e dos combustíveis, mostraram números do IBGE nesta quarta-feira. Em 12 meses, a inflação desacelerou para 5,13%, de 5,23% em julho.

Economistas consultados em pesquisa da Reuters previam deflação de 0,15% em agosto, com o IPCA acumulando alta de 5,09% em 12 meses.

De acordo com a equipe de pesquisa econômica do Bradesco, o resultado acima do previsto, mas com surpresa concentrada em itens pontuais - automóveis e alguns industriais voláteis.

"Os núcleos relevantes para política monetária mantêm dinâmica mais benigna na margem. Assim, reforçamos a trajetória mais benigna da inflação, em direção à nossa projeção de 4,7% para o ano", afirmou a equipe chefiada por Fernando Honorato Barbosa, em relatório a clientes.

Em Brasília, o ministro Luiz Fux abriu divergência nesta quarta-feira no julgamento do ex-presidente por tentativa de golpe de Estado ao considerar que o STF não é a corte competente para julgar os envolvidos no caso, uma vez que os réus não possuem foro por prerrogativa de função.

Fux é o terceiro dos cinco ministros da Primeira Turma a votar no julgamento de Bolsonaro e demais sete réus por tentativa de golpe de Estado e outros crimes. Antes dele, foram apresentados na véspera os votos do relator da ação, Alexandre de Moraes, e do ministro Flávio Dino, favoráveis à condenação.

Em relatório a clientes, a equipe da XP citou que investidores estão apreensivos quanto a uma potencial retaliação norte-americana ao desfecho do julgamento.

Em Wall Street, o S&P 500 e o Nasdaq, referências do mercado acionário dos EUA, renovaram topos históricos intradia, em meio a dados de inflação reforçando a tendência de corte de juros e salto das ações da empresa de computação em nuvem Oracle.

 

DESTAQUES

- Banco do Brasil SA (BVMF:BBAS3) valorizava-se 3,69%, melhor desempenho entre os bancos do Ibovespa, embora ainda bastante distante das máximas do ano registradas em maio - sendo negociada nesta sessão a R$22,19, de cerca de R$29 em maio. IItaúsa SA (BVMF:ITSA4) mostrava elevação de 0,74%, Banco Bradesco SA (BVMF:BBDC4) tinha alta de 0,24% e Banco Santander Brasil SA (BVMF:SANB11) apurava ganho de 1,08%.

- Vale SA (BVMF:VALE3) subia 0,89%, após reduzir a previsão de investimento total para crescimento e manutenção para uma faixa de US$5,4 bilhões a US$5,7 bilhões em 2025, de US$5,9 bilhões estimados anteriormente. Analistas do UBS BB consideraram a notícia positiva, mas um pouco esperada. Na China, o contrato futuro de minério de ferro mais negociado em Dalian encerrou as negociações diurnas com acréscimo de 0,25%.

- Petrobras PN (BVMF:PETR4) avançava 0,71% e  Petrobras ON (BVMF:PETR3) valorizava-se 0,69%, endossadas pelo comportamento dos preços do petróleo no exterior, onde o barril sob o contrato Brent subia 0,72%. No setor, PRIO ON mostrava acréscimo de 1,11%, enquanto Brava Energia SA (BVMF:BRAV3) tinha aumento de 0,27% e PETRORECONCAVO ON registrava variação negativa de 0,45%.

- Magazine Luiza SA (BVMF:MGLU3) avançava 4,71%, ampliando a trajetória positiva em setembro, acompanhada de perto por C&A Modas SA (BVMF:CEAB3), em alta de 4,68%. O índice de consumo da B3, que ainda inclui papéis de empresas de educação, construtoras, grupos de saúde, varejo alimentar, entre outras, tinha acréscimo de 0,79%.

- Braskem SA (BVMF:BRKM5) recuava 2,5%, no segundo pregão seguido de queda. Na véspera, os papéis da petroquímica fecharam em queda de mais de 4%, tendo no radar reportagem do Valor Econômico de que a Braskem corre o risco de ser diluída no capital do complexo petroquímico do México, a Braskem Idesa, sem que isso traga alívio para a elevada alavancagem financeira da companhia brasileira.

- Embraer SA (BVMF:EMBR3) tinha alta de 1,01%, perdendo o fôlego após renovar máxima histórica intradia a R$84,07 (+3,17%), em uma primeira reação ao anúncio de encomenda de até 100 jatos E195-E2, um pedido avaliado em cerca de US$4,4 bilhões a preços de tabela das aeronaves.

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