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Ibovespa despenca 4,5% e passa a recuar em 2018; Petrobras desaba mais de 14%

Publicado 28.05.2018, 17:56
© Reuters. Homem passa por gráfico de flutuações de mercado na Bovespa, São Paulo, Brasil
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Por Paula Arend Laier

SÃO PAULO (Reuters) - O principal índice acionário brasileiro começou a semana caindo 4,5 por cento e revertendo os ganhos em 2018, impactado pelo 8º dia de greve dos caminhoneiros, que paralisou diversos setores da economia, evidenciando fragilidades do governo federal.

O Ibovespa fechou em baixa de 4,49 por cento, a 75.355 pontos, perto da mínima da sessão e menor patamar de fechamento desde 22 de dezembro de 2017.

Com isso, o Ibovespa passou a acumular queda de 1,37 por cento em 2018. Em dólar, a queda chega a 12,7 por cento no ano.

O volume financeiro do pregão somou 11 bilhões de reais, um pouco abaixo da média diária do mês, diante da ausência de negócios em Wall Street, onde os pregões estiveram fechados em razão de feriado nos Estados Unidos. Para alguns operadores, a queda poderia ter sido maior se Nova York estive funcionando.

Dados de fluxo no segmento Bovespa mostraram a sexta sessão com saída líquida no último dia 24, que fez com o que o saldo no ano passasse a ficar negativo em 1 bilhão de reais.

De acordo com profissionais da área de renda variável ouvidos pela Reuters, além da apreensão com o efeito econômico, os desdobramentos da greve também adicionaram incertezas políticas, em meio ao fracasso do governo em encerrar as paralisações, mesmo cedendo às demandas dos manifestantes.

"Há muita incerteza com esse vácuo de liderança em Brasília e as eleições a mais ou menos quatro meses de acontecer", afirmou o diretor de uma importante gestora internacional.

Caminhoneiros mantinham nesta segunda-feira pelo 8º dia, apesar do anúncio na véspera pelo presidente Michel Temer de uma série de medidas para atender demandas da categoria, com custo fiscal de 13,5 bilhões de reais.

"A percepção de risco piorou e vai continuar piorando até o governo encontrar uma solução", destacou o chefe da mesa de renda variável da CM Capital Markets, Fabio Carvalho. Ele ressaltou que um quadro de indefinição é propício para revisão dos números de crescimento.

Pesquisa Focus do Banco Central mostrou que o mercado reduziu a projeção de crescimento da economia brasileira neste ano, depois de uma semana de paralisação de caminhoneiros, com a mediana das estimativas caindo a 2,37 por cento na semana passada, ante 2,5 por cento antes.

DESTAQUES

- PETROBRAS PN (SA:PETR4) caiu 14,6 por cento, para 16,91 reais, menor valor desde 10 de janeiro, enquanto PETROBRAS ON (SA:PETR3) recuou 14,07 por cento, a 19,79 reais, mínima desde 23 de janeiro, com perda de cerca de 40 bilhões de reais em valor de mercado. Desde o dia 18, quando começaram rumores sobre discussão de preços de combustíveis, a Petrobras acumulou perda de valor de mercado de 127,5 bilhões de reais. Da máxima do ano, em 16 de maio, a perda alcança 146 bilhões de reais, resultado de oito pregões seguidos de queda. Após anúncio de medidas pelo governo federal na véspera, a Petrobras informou nesta segunda que manterá por 60 dias a redução nos preços do diesel. Após esse prazo, os reajustes do combustível passarão a ser mensais, e não mais até diários como a companhia vinha fazendo. Para o UBS a mudança na política é muito negativa.

- ELETROBRAS PNB (SA:ELET6) recuou 9,52 por cento, em meio à avaliação de fragilidade política no país, além da frustração dos investidores com a dificuldade do governo para seguir adiante com a privatização da companhia. ELETROBRAS ON (SA:ELET3) caiu 7,04 por cento.

- CSN (SA:CSNA3) caiu 10,04 por cento, liderando perdas no setor siderúrgico, diante de receios ante potenciais impactos da greve dos caminhoneiros, que tem limitado o fluxo de bens. USIMINAS PNA (SA:USIM5) cedeu 7,33 por cento e GERDAU PN (SA:GGBR4) recuou 6,25 por cento. A equipe de estratégia da XP Investimentos estimou que as siderúrgicas podem perder até 20 por cento do faturamento de maio, ou 7 por cento do trimestre.

- GOL (SA:GOLL4) PN recuou 7,92 por cento, tendo como pano de fundo a alta do dólar ante o real, que afeta os custos da companhia aérea, mas também pela escassez de combustível em alguns aeroportos que tem provocado o cancelamento de voos. AZUL ON caiu 3,74 por cento.

© Reuters. Homem passa por gráfico de flutuações de mercado na Bovespa, São Paulo, Brasil

- BANCO DO BRASIL (SA:BBAS3) cedeu 7,34 por cento, sofrendo com a percepção de cenário político mais frágil. ITAÚ UNIBANCO PN e BRADESCO PN (SA:BBDC4) caíram 4,23 por cento.

- SUZANO e FIBRIA subiram 1,53 e 1,14 por cento, respectivamente. Ambos são considerados papéis defensivos, refletindo a alta correlação com o dólar - que voltou a subir - e pouca relação com a atividade doméstica. Em razão da greve, a Suzano (SA:SUZB3) paralisou suas operações e a Fibria (SA:FIBR3) disse que decidiu reduzir ritmo de produção nas fábricas em Jacareí (SP) e Três Lagoas (MS).

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