Ibovespa ensaia melhora com cautela após máximas; Bradesco e Ambev ocupam holofote

Publicado 30.10.2025, 11:38
Atualizado 30.10.2025, 11:42
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Por Paula Arend Laier

SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa ensaiava melhora nesta quinta-feira, passando ao território positivo, mas com variações modestas, após renovar máximas históricas na véspera e vindo de seis altas seguidas, tendo Ambev entre os destaques positivos, enquanto Bradesco capitaneava as perdas, com ambos os balanços sob os holofotes.

Por volta de 11h25, o Ibovespa, referência do mercado acionário brasileiro, mostrava acréscimo de 0,05%, a 148.700,82 pontos, caminhando para o terceiro ganho mensal seguido, com a alta acumulada de 1,68% até o momento em outubro. Mais cedo, na mínima, o Ibovespa recuou a 147.546,46 pontos. Na máxima até o momento, marcou 148.928,88 pontos.

O volume financeiro somava R$5,7 bilhões.

No exterior, Wall Street tinha uma sessão sem sinal único, mesmo após o anúncio de uma trégua comercial entre Estados Unidos e China, com o S&P 500 recuando 0,38%, o Nasdaq caindo 0,88% e o Dow Jones subindo 0,52%, enquanto o europeu STOXX 600 perdia 0,36%.

"No Brasil, após o Ibovespa renovar máximas históricas, a cautela externa pode abrir espaço para ajustes", afirmou a equipe da Ágora Investimentos, em relatório enviado a clientes.

DESTAQUES

- AMBEV ON avançava 3,57%, após mostrar aumento de 36,4% no lucro do terceiro trimestre, a R$4,86 bilhões, acima das previsões de analistas. "Em meio a um cenário desafiador para o setor,...a Ambev controlou o que estava ao seu alcance em termos de custos e despesas, evitando que a receita mais fraca pressionasse completamente os resultados, o que é claramente positivo", afirmaram analistas do Bradesco BBI. A Ambev também anunciou programa de recompra de até 208 milhões de ações.

- BRADESCO PN recuava 3,56%, mesmo após reportar lucro de R$6,2 bilhões no terceiro trimestre, uma alta de 18,8% ano a ano, em linha com o esperado, enquanto o ROE subiu a 14,7%. O CEO disse que o banco está com uma qualidade muito boa da carteira de crédito e que o aumento nas provisões decorreu de caso específico no atacado e do Banco John Deere, que atua com o agronegócio. De acordo com analistas do BTG Pactual, "as expectativas estavam provavelmente um pouco altas demais".

- ITAÚ UNIBANCO PN, que divulga balanço na próxima semana, subia 0,13%, enquanto BANCO DO BRASIL ON valorizava-se 2,12% e SANTANDER BRASIL UNIT, que reportou resultado na véspera, mostrava acréscimo de 1,94%.

- VALE ON registrava decréscimo de 0,08%, tendo como pano de fundo variação modesta dos futuros do minério de ferro na China, onde o contrato mais negociado em Dalian encerrou a sessão do dia com alta de 0,38%. A mineradora divulga o balanço do terceiro trimestre após o fechamento. No setor, GERDAU PN, que também reporta resultados no final do dia, caía 1,66%.

- PETROBRAS PN tinha variação positiva de 0,17%, mesmo em dia de queda do petróleo no exterior, com o barril sob o contrato Brent recuando 0,79%.

- ISA ENERGIA PN subia 0,92%, após a transmissora reportar lucro de R$550 milhões no terceiro trimestre, avanço de 27% em relação ao mesmo período do ano anterior, apesar da queda nas receitas e no Ebitda. A companhia também anunciou distribuição intercalar de Juros sobre Capital Próprio (JCP) de R$445 milhões referentes ao primeiro semestre de 2025. A empresa disse que o aumento no lucro líquido ocorreu, principalmente, pela dedutibilidade do JCP anunciado.

- MOTIVA ON caía 1,86%, mesmo após a operadora de concessões de infraestrutura mostrar lucro ajustado de R$683 milhões no terceiro trimestre, um crescimento de 22% ano a ano e acima de previsões no mercado. A receita líquida, porém, cresceu 4,6%, para quase R$3,96 bilhões, abaixo de projeções de analistas. O CEO afirmou que a Motiva decidiu não participar do leilão do Lote 5 de rodovias do Paraná por não conseguir encontrar sinergias com outros ativos da companhia no Estado.

 

(Por Paula Arend Laier)

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