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Ibovespa fecha em alta com ajuda de Moody's e commodities

Publicado 02.10.2024, 17:06
Atualizado 02.10.2024, 17:40
© Reuters. Painel da B3, em São Paulon06/07/2023nREUTERS/Amanda Perobelli
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Por Paula Arend Laier

SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa fechou em alta nesta quarta-feira, encostando nos 135 mil pontos no melhor momento, embalado pelo avanço de commodities como o petróleo e o minério de ferro no exterior e "upgrade" da nota de crédito do Brasil pela Moody's.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 0,77%, a 133.514,94 pontos, tendo marcado 134.921,66 pontos na máxima e 132.495,16 pontos na mínima do dia. O volume financeiro no pregão somou 21,42 bilhões de reais.

No final da terça-feira, a agência de classificação de risco Moody's anunciou a elevação do rating soberano brasileiro para Ba1, com manutenção da perspectiva positiva, afirmando que a atualização reflete melhorias materiais no crédito.

Na visão da equipe da Ágora Investimentos, o movimento aumenta a chance de atração de mais fluxo estrangeiro para o mercado brasileiro, especialmente agora que o país ficou a apenas um degrau da classificação "grau de investimento".

A Moody's destacou que o país tem tido um crescimento mais robusto do que o previsto e um histórico crescente de reformas que têm dado resiliência ao seu perfil de crédito, ainda que a credibilidade do arcabouço fiscal seja "moderada".

De acordo com o gestor de ações Daniel Utsch, da Nero Capital, as notas da Moody's e das outras duas grandes agências -- S&P e Fitch -- são relevantes, mas o mercado precisa visualizar uma melhora fiscal que corresponda a tal upgrade.

Ele avalia que se o mercado estivesse enxergando um cenário fiscal mais construtivo, mais benéfico, a ação da Moody's poderia ter tido um efeito mais relevante. "Mas acho que não é esse o caso", afirmou.

Em Wall Street, o S&P 500 fechou praticamente estável, com agentes repercutindo dados da economia norte-americana e atentos à tensão entre Israel e Irã, enquanto aguardam dados do mercado de trabalho dos EUA na sexta-feira.

DESTAQUES

- PETROBRAS PN (BVMF:PETR4) avançou 1,38% e PETROBRAS ON (SA:PETR3) fechou em alta de 1,17%, endossada pelo comportamento dos preços do petróleo no exterior, onde o barril de Brent (LCOc1) subiu 0,46%, com agentes contrabalançando dados de estoques e a tensão no Oriente Médio.

- VALE ON (BVMF:VALE3) valorizou-se 0,55%, sem a referência dos preços do minério de ferro na China por feriado naquele país, mas com o contrato de referência da commodity em Cingapura avançando 0,59%, ainda embalado pelos anúncios de estímulos para a economia chinesa.

- BRADESCO PN (BVMF:BBDC4) saltou 3,59%, tendo ainda no radar relatório do UBS BB reiterando compra para as ações, com os analistas afirmando ver vários indícios de que o terceiro trimestre deve mostrar uma expansão considerável do lucro. No setor, SANTANDER BRASIL UNIT (BVMF:SANB11) terminou com alta de 1,89%, BANCO DO BRASIL ON (BVMF:BBAS3) com acréscimo de 0,26% e ITAÚ UNIBANCO PN (BVMF:ITUB4) com elevação de 0,62%.

- CYRELA ON (BVMF:CYRE3) avançou 4,51%, em dia positivo para construtoras como um todo na esteira da queda das taxas futuras de juros. O índice do setor imobiliário subiu 2,17%.

- VAMOS ON (BVMF:VAMO3) caiu 6,66%, no segundo dia seguido de queda, conforme retoma a tendência dos últimos dois meses, após o "respiro" na segunda-feira, quando reagiu positivamente à proposta de reorganização societária da companhia.

© Reuters. Painel da B3, em São Paulo
06/07/2023
REUTERS/Amanda Perobelli

- BRAVA ENERGIA ON recuou 2,28%, também entre as poucas quedas do dia. Analistas do Citi atualizaram premissas para refletir a nova estrutura, com ativos da Enauta (BVMF:ENAT3) e maior participação na 3R (BVMF:BRAV3) Offshore, mantendo a recomendação de compra, mas reduzindo preço-alvo de 50 a 40 reais.

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