SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa flertava com o território positivo nesta terça-feira, após cair abaixo de 115 mil pontos mais cedo, com suporte principalmente de Vale (BVMF:VALE3) e Magazine Luiza (BVMF:MGLU3), embora a fraqueza de Petrobras e o tombo de BRF ainda pesassem negativamente.
Às 12:38, o Ibovespa subia 0,1%, a 116.125,49 pontos. Mais cedo, no pior momento, recuou mais de 1%, a 114.688,51 pontos. Na máxima, chegou a 116.176,38 pontos.
Investidores continuam conjecturando sobre potenciais desfechos do segundo turno da eleição presidencial no país, com a euforia recente por uma virada de Jair Bolsonaro (PL) sobre Luiz Inácio Lula da Silva (PT) perdendo um pouco o fôlego.
O ataque do ex-deputado Roberto Jefferson (PTB) contra policiais federais no domingo adicionou dúvidas sobre o desempenho de Bolsonaro (PL) na eleição, enquanto o risco de fraude eleitoral entrou no radar .
Nesse contexto, Petrobras PN (BVMF:PETR4) cedia 0,82%, mesmo após o tombo da véspera, depois de ter renovado recordes na semana passada. Banco do Brasil (BVMF:BBAS3) ON perdia 0,07%, após despencar 10% na segunda-feira.
Na contramão, papéis de varejo e educação figuravam entre as maiores altas, com Magazine Luiza ON disparando 8,09% e Cogna ON (BVMF:COGN3) avançando 7,64%, uma vez que são vistas como potenciais vencedoras de um resultado favorável a Lula.
Pesquisas divulgadas desde a véspera, contudo, ainda mostram um cenário bastante acirrado para o próximo dia 30.
A bolsa paulista ainda encontrava apoio no comportamento de Wall Street, onde o S&P 500 engatava o terceiro pregão seguido de alta, subindo mais de 1%.
Na cena corporativa, BRF ON (BVMF:BRFS3) desabava 7,69%, com perspectivas cauteloas de analistas antes do resultado trimestral. JPMorgan (NYSE:JPM) cortou preço-alvo a 15 reais, enquanto o Citi reduziu a recomendação a "neutra/alto risco".
(Por Paula Arend Laier)