Investing.com - O índice futuro do Ibovespa, depois de já ter fechado a sessão de ontem em queda, abriu a quarta-feira com desvalorização de 0,40% aos 77.830 pontos, enquanto o cenário externo é marcado pela indefinição dos rumos nos principais mercados.
O chefe do órgão de planejamento estatal da China alertou que a economia enfrenta riscos elevados no segundo semestre deste ano e que são necessários maiores esforços para que as autoridades atinjam as metas de desenvolvimento econômico à medida que os desafios externos se intensificam.
Na agenda econômica as atenções estão voltadas para a divulgação do PIB dos Estados Unidos referentes ao segundo trimestre do ano, com o consenso do mercado apostando em avanço de 4,0%, sendo que na prévia anterior o resultado havia sido de 4,1%. Os dados dos estoques de petróleo do país também merecem atenção.
Por aqui, é esperado mais um dia de volatilidade, principalmente após ontem o dólar encerrar a R$ 4,1631, maior cotação desde janeiro de 2016. O Banco Central assumiu uma postura mais proativa com a escalada do dólar no mercado local e anunciou leilão de linha de US$2,15 bilhões para sexta-feira.
Os preços da indústria variaram 1,13% em julho, resultado inferior ao de junho (2,27%). Na mesma comparação, 20 das 24 atividades tiveram variações positivas de preços, contra 19 no mês anterior. Em julho de 2017, o resultado fora -1,01%.
O acumulado no ano chegou a 9,84% e nos 12 meses, a 15,89%. O material de apoio da divulgação do Índice de Preços ao Produtor está à direita.
Bolsas Internacionais
Em Tóquio, o índice Nikkei avançou 0,15 por cento, a 22.848 pontos. Em Hog Kong, o índice HANG SENG subiu 0,23 por cento, a 28.416 pontos. Em Xangai, o índice SSEC perdeu 0,31 por cento, a 2.769 pontos. O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, retrocedeu 0,40 por cento, a 3.386 pontos.
Na Europa, com os mercados abertos, o dia é de rumo distintos nas principais praças. Em Frankfurt, o DAX tem ganhos de 0,08% aos 12.537,29 pontos, enquanto em Londres o FTSE recua 0,40% aos 7.586,76. Já em Paris, o CAC somou 0,13% aos 5.492,31 pontos.
Commodities
Por mais um dia, na bolsa chinesa de mercadorias de Dalian, os preços do minério de ferro tiveram perdas em seus contratos futuros. Os papéis com data de vencimento em janeiro de 2019 recuaram 0,40% a 480,00 iuanes por tonelada na sessão desta quarta-feira. A variação diária no preço foi de 2 iuanes.
A sessão de hoje também foi negativa para o vergalhão de aço, transacionado na também chinesa bolsa de mercadorias de Xangai. Os contratos de maior liquidez, para janeiro de 2019, as perdas foram de 62 iuanes para um total de 4.160 iuanes por tonelada. O segundo ativo em volume de negócios, de outubro deste ano, perdeu 25 iuanes, a 4.390 iuanes por tonelada.
Já para o petróleo, a sessão desta quarta-feira se mostra positiva. O barril do tipo WTI, referência negociada em Nova York, tem ganhos de 0,44%, ou US$ 0,30, a US$ 68,83. Já em Londres, o Brent soma 0,20%, ou US$ 0,15, a US$ 76,44.
Mercado Corporativo
Uma superintendência da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) determinou que a chinesa State Grid deverá aumentar o preço de sua oferta pública de aquisição de ações de minoritários na CPFL Renováveis para 14,60 reais por papel, contra 13,81 reais anteriormente, informou a elétrica em comunicado nesta terça-feira.
A oferta aos minoritários é obrigatória depois de a State Grid, maior elétrica do mundo, ter comprado a CPFL Energia (SA:CPFE3) controladora da CPFL Renováveis, mas acionistas minoritários têm questionado os valores oferecidos em uma longa discussão junto ao órgão regulador do mercado.
De acordo com o comunicado da CPFL Renováveis, a CVM decidiu que a Demonstração Justificada de Preço (DJP) da State Grid no âmbito da oferta "deve ser ajustada" para utilizar dados de Ebitda da CPFL Energia (orçamento 2016-2020) consolidados de acordo com o padrão contábil IFRS, o que levaria ao novo valor.
A indústria brasileira de máquinas e equipamentos teve alta de 10,6 por cento na receita líquida de julho ante mesmo período de 2017, para 6,79 bilhões de reais, informou nesta terça-feira a associação que representa o setor, Abimaq.
Na comparação com junho, porém, a indústria teve queda de cerca de 4,1 por cento no faturamento, acumulando no ano até julho receita de 42,13 bilhões de reais, 4,7 por cento acima do registrado nos sete primeiros meses de 2017.
A Abimaq afirmou que a queda na comparação mensal "já era esperada" diante da base de comparação inflada com vendas que ficaram represadas durante a greve dos caminhoneiros, em maio.
O setor, porém, registrou em julho quedas nas comparação mensal e anual das exportações, de 20,3 e 3,3 por cento respectivamente, a 703 milhões de dólares, enquanto as importações subiram 11,7 e 21 por cento, a 1,4 bilhão.
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou hoje (28) o reajuste tarifário para consumidores do interior dos estados de Santa Catarina, São Paulo e Rio Grande do Sul.
Para os consumidores atendidos pela Iguaçu Distribuidora de Energia Elétrica Ltda, o reajuste tarifário da concessionária médio será de 12,29%, sendo de 11,83% para os consumidores residenciais. Para os consumidores atendidos na baixa tensão, o aumento será de 11,88% e para os atendidos na baixa tensão será de 13,09%.
Também foi aprovado o reajuste nas tarifas da concessionária Empresa Força e Luz Urussanga Ltda. (EFLUL). Os valores também começam a ser cobrados a partir de amanhã. A empresa atende 6.740 unidades consumidoras no município catarinense de Urussanga.
O aumento médio será de 12,43%; sendo 7,46% para os consumidores residenciais. Para os atendidos na alta tensão, como grandes empresas, o reajuste será de 18,22%; já para os atendidos na baixa tensão, o aumento será de 7,49%. De acordo com a agência, pesaram no reajuste custos de aquisição de energia e os encargos setoriais.
A cooperativa, com sede em Paraibuna (SP), atende cerca de 6 mil unidades consumidoras.
Ao calcular o reajuste, a Aneel considera a variação de custos associados à prestação do serviço. Segundo a agência, o maior impacto do reajuste deve-se a componentes financeiros do processo tarifário anterior.
O presidente-executivo da Gol (SA:GOLL4), Paulo Kakinoff, disse nesta terça-feira que o plano de renovação de frota da companhia envolve 135 aeronaves encomendadas da Boeing até 2027, sendo que uma aeronave será entregue a cada 40 dias, aproximadamente.
Falando a jornalistas após a apresentação do novo 787 MAX, que será inicialmente destinado a rotas internacionais, Kakinoff afirmou que o novo modelo possibilita a expansão da malha, devido ao alcance maior e à economia de combustível.
Segundo Kakinoff, com o voo de Brasília para a Flórida (EUA) será a maior distância já percorrida por um 737, com voo de 8 horas.
Sobre a expansão de destinos, Kakinoff afirmou que 80 por cento da capacidade que será gerada pelos novos aviões nos próximos três anos será alocada para destinos internacionais.
Agenda de Autoridades
O presidente Michel Temer inicia o dia no Palácio do Planalto, realizando despachos internos. Na parte da tarde, recebe Gustavo Rocha, Ministro de Estado dos Direitos Humanos; e Ivan de Souza Monteiro, Presidente da Petrobras (SA:PETR4).
Temer ainda se reúne com Esacheu Nascimento, Presidente da Associação Beneficente Campo Grande (ABCG-Santa Casa de Campo Grande); e Gracita Barbosa, Vice-Presidente da Associação Beneficente Campo Grande e Conselheira Federal de Administração, e em seguida com Newton De Lucca, Desembargador TRF 3º Região.
O dia do presidente chega ao fim com a solenidade de posse dos Excelentíssimos Senhores Ministros João Otávio de Noronha e Maria Thereza de Assis Moura, nos cargos, respectivamente, de Presidente e Vice-Presidente do Superior Tribunal de Justiça e do Conselho da Justiça Federal.
Nesta quarta-feira, o ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, concede entrevista à jornalista Miriam Leitão, da Globo News. Mais tarde, tem reunião com Robson Braga de Andrade, Presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Na parte da tarde, participa da reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN).
Com Reuters.