Por Paula Arend Laier
SÃO PAULO (Reuters) - O contrato futuro do Ibovespa com vencimento mais curto recuava nesta quinta-feira, conforme ativos de risco seguem pressionados pelas preocupações sobre os efeitos econômicos da pandemia de coronavírus, mesmo após uma série de medidas de bancos centrais.
Por volta de 09:35, o contrato do Ibovespa para abril caía 6,2%, a 63.940 pontos.
Na véspera, o Ibovespa à vista fechou em queda de 10,35%, a 66.894,95 pontos, menor patamar desde 3 de agosto de 2017.
"Toda a intervenção de bancos centrais está sendo rejeitada pelos mercados como uma solução para a pandemia de coronavírus", observou o analista Jasper Lawler, chefe de pesquisa no London Capital Group.
Em Wall Street, o futuro do S&P 500 cedia 2,8%. Na Europa, o londrino FTSE 100 recuava 1,6%
No Brasil, investidores também avaliam a decisão do Banco Central de cortar na quarta-feira a Selic em 0,5 ponto, para a nova mínima histórica de 3,75%, mas indicando que este deve ser o novo nível dos juros básicos daqui para frente. [nL1N2BB2V1]
Também no radar está a aprovação pelo Plenário da Câmara dos Deputados na véspera do pedido de reconhecimento de calamidade pública enviado pelo governo em função da epidemia do coronavírus e a matéria vai agora ao Senado. [nL1N2BC001]
O estado de calamidade pública libera o governo do cumprimento da meta fiscal deste ano para o governo central (Tesouro, Previdência e Banco Central), de 124,1 bilhões de reais, abrindo caminho para mais gastos com a epidemia.