Por Paula Arend Laier
SÃO PAULO (Reuters) - A bolsa paulista mostrava fraqueza na manhã desta sexta-feira, após o Ibovespa renovar o recorde na véspera e se aproximar dos 94 mil pontos, em sessão com noticiário corporativo amplo, destacando Embraer (SA:EMBR3), após o governo dar sinal verde para o acordo da companhia com a norte-americana Boeing.
Às 11:13, o principal índice de ações da B3 caía 0,22 por cento, a 93.600,99 pontos. Na máxima, mais cedo, chegou a 93.960,78 pontos.
Na véspera, o Ibovespa fechou a 93.805,93 pontos, nova máxima histórica de fechamento, tendo atingido 93.987,17 pontos no melhor momento do pregão.
Profissionais da área de renda variável citam que o mês tende a ser marcado por volatilidade, com uma outra realização de lucros, mas que o pano de fundo segue favorável para as ações brasileiras, tendo em vista a agenda liberal do novo governo e sinalizações moderadas sobre o aperto monetário norte-americano.
DESTAQUES
- EMBRAER subia 6,5 por cento, após o governo brasileiro decidir não exercer seu poder de veto e abrir caminho na quinta-feira para a aliança de 5,3 bilhões de dólares da fabricante brasileira de aeronaves com a norte-americana Boeing. Na máxima, os papéis subiram 10 por cento.
- GOL (SA:GOLL4) PN avançava 5,7 por cento, após a companhia aérea revisar projeções para uma série de indicadores econômicos da empresa, elevando entre eles as estimativas de margem Ebitda de 2018 e 2019 e prevendo margem de cerca de 28 por cento em 2020.
- GPA PN (SA:PCAR4) tinha elevação de 1,7 por cento, em meio à divulgação de que a receita líquida no quarto trimestre somou 14 bilhões de reais, um crescimento de 12 por cento sobre o desempenho obtido um ano antes, impulsionado por expansão de 23 por cento nas vendas da bandeira de atacarejo Assaí.
- GERDAU PN (SA:GGBR4) caía 3,7 por cento, em sessão negativa para siderúrgicas em geral. O Bradesco BBI publicou relatório positivo sobre o setor, mas citou entre os principais temas a se observar a possibilidade de as tarifas de importação de aço serem reduzidas gradualmente de 12 para 4 por cento.
- BRF (SA:BRFS3) cedia 2,8 por cento, tendo no radar notícia de que vender sua controlada Campo Austral, concluindo a saída da Argentina, por 35,5 milhões de dólares. A XP Investimentos cortou a recomendação dos papéis para 'neutra', citando múltiplo justo e visibilidade limitada no plano de reestruturação.
- PETROBRAS PN (SA:PETR4) caía 1 por cento, apesar do viés positivo dos preços do petróleo no exterior, conforme o papel segue volátil a expectativas relacionadas ao desfecho da revisão do contrato de cessão onerosa com a União.
- VALE (SA:VALE3) cedia 0,08 pr cento, em movimento alinhado ao de papéis de outras mineradoras no exterior.
- ITAÚ UNIBANCO PN recuava 0,8 por cento, pesando negativamente no Ibovespa, assim como BRADESCO PN (SA:BBDC4), que caía 0,7 por cento. SANTANDER BRASIL UNIT (SA:SANB11) perdia 0,8 por cento, mas BANCO DO BRASIL (SA:BBAS3) avançava 0,3 por cento.