Ibovespa perde fôlego e recua em dia cheio de balanços e com dados de emprego no radar

Publicado 26.02.2025, 12:06
Atualizado 26.02.2025, 14:50
© Reuters.

Por Paula Arend Laier

SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa recuava nesta terça-feira, abandonando o sinal positivo da abertura, em meio à repercussão de uma bateria de resultados corporativos, entre eles os números de WEG e Ambev, enquanto dados de emprego formal reforçaram preocupações sobre a inflação no país.

Às 11h55, o Ibovespa, referência do mercado acionário brasileiro, caía 0,6%, a 125.224,2 pontos, após ter avançado a 126.562,23 pontos mais cedo, no melhor momento. O volume financeiro no pregão somava R$5,16 bilhões.

O Ministério do Trabalho e Emprego divulgou nesta manhã dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) mostrando que o Brasil abriu 137.303 vagas formais em janeiro, quase três vezes mais do que o esperado pelo mercado, após um dezembro de fechamento recorde de postos.

O ministro Luiz Marinho também afirmou que a medida provisória envolvendo o saque-aniversário do FGTS sairá na sexta-feira e que a MP do crédito consignado privado será publicada na semana depois do Carnaval. Ele ainda disse ser possível que o governo tenha novas medidas de impulso à economia.

As taxas dos contratos de DI avançavam em meio a preocupações sobre os potenciais efeitos dos dados de trabalho e novos estímulos na trajetória da inflação, com eventuais novas medidas também trazendo dúvidas sobre o quadro fiscal do país.

Investidores do mercado acionário brasileiro ainda aguardam nesta terça-feira, após o fechamento do pregão, a divulgação de resultados do último trimestre e do ano de 2024 de pesos pesados como Petrobras , Cosan (BVMF:CSAN3), Ultrapar (BVMF:UGPA3), BRF (BVMF:BRFS3) e Marfrig (BVMF:MRFG3).

DESTAQUES

- WEG ON (BVMF:WEGE3) perdia 6,66%, tendo no radar lucro líquido de R$1,69 bilhão nos últimos três meses de 2024, queda de 2,9% sobre o desempenho de um ano antes, mesmo com avanço de cerca de 30% na receita e no Ebitda no período. O custo dos produtos vendidos subiu 27% e a margem bruta recuou 0,3 ponto percentual, para 33,4%.

- TELEFÔNICA BRASIL ON (BVMF:VIVT3) caía 6,86%, após a empresa de telecomunicações que opera com a marca Vivo reportar lucro líquido de R$1,76 bilhão no quarto trimestre de 2024, em linha com as previsões no mercado. A companhia também disse que prevê, até o momento, R$4,45 bilhões em remuneração a acionistas em 2025. O CEO acrescentou que a empresa segue avaliando potenciais alvos de aquisição de redes de fibra óptica e expansão em serviços financeiros, de saúde, educação e eletrônicos.

- AZUL PN (BVMF:AZUL4) recuava 6,83% em meio a ajustes após duas altas seguidas, sendo que apenas na véspera o papel saltou 8,5%. Acionistas da companhia aérea aprovaram na véspera aumento do capital social da empresa em R$30 bilhões, operação que faz parte da reestruturação extrajudicial que trocou quase US$550 milhões em dívida em ações. O noticiário recente da companhia também inclui resultado divulgado na segunda-feira.

- IRB (BVMF:IRBR3)(RE) ON cedia 5,88%, após reportar lucro líquido de R$112 milhões no quarto trimestre de 2024, um salto ante o lucro de R$38 milhões apurado na mesma etapa de 2023, em desempenho um pouco acima de previsões no mercado. O índice de sinistralidade subiu 8,8 pontos percentuais, a 64%, e os prêmios emitidos ficaram praticamente estáveis, em R$1,58 bilhão.

- RD (BVMF:RADL3) SAÚDE ON era negociada em baixa de 4,35%, em meio à análise do balanço do quarto trimestre do ano passado, com lucro líquido ajustado de R$381,4 milhões, alta de 34,6% no comparativo anual. A rede de varejo farmacêutico, dona da Drogasil e da Raia, prevê uma base de comparação difícil no começo de 2025, mas espera minimizar efeitos e ter um segundo semestre com "mais pujança".

- AMBEV ON (BVMF:ABEV3) avançava 4,69%, refletindo a recepção positiva aos números do último trimestre do ano passado, com alta de 7,5% no lucro, para R$5 bilhões. Apesar da queda no volume vendido, a companhia mostrou alta na receita e crescimento orgânico na margem Ebitda. Para 2025, avaliou que a volatilidade continuará sendo uma realidade e disse que espera enfrentar maior pressão de custos do que em 2024.

- EMBRAER ON (BVMF:EMBR3) subia 1,8%, no último pregão antes do balanço do quarto trimestre do ano passado, previsto para a quinta-feira antes da abertura da bolsa. A fabricante de aeronaves divulgou na véspera que seu conselho de administração aprovou uma pausa adicional de quatro anos no programa de desenvolvimento do jato E175-E2.

- VALE ON (BVMF:VALE3) mostrava acréscimo de 0,74%, mesmo com o declínio dos futuros do minério de ferro na China, onde o contrato mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian fechou em queda de 0,98%, encerrando em 812 iuanes (US$111,86) a tonelada. No início da sessão, o contrato atingiu 803 iuanes, nível mais baixo desde 18 de fevereiro.

- PETROBRAS PN (BVMF:PETR4) tinha variação negativa de 0,11%, em dia de fraqueza dos preços do petróleo no exterior, com as atenções voltadas para a divulgação do balanço da estatal após o fechamento do mercado, em especial anúncios sobre dividendos.

- ITAÚ UNIBANCO PN (BVMF:ITUB4) cedia 0,09%, em dia de desempenho misto dos bancos do Ibovespa, com SANTANDER BRASIL UNIT (BVMF:SANB11) no azul, com alta de 0,57%, mas BRADESCO PN (BVMF:BBDC4) em queda de 1,27%, BANCO DO BRASIL ON (BVMF:BBAS3) com declínio de 0,99% e BTG PACTUAL (BVMF:BPAC11) UNIT sendo transacionado em baixa de 0,46%.

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