Alta de 106%, taxa de acerto de 97%: saiu a nova lista de ações escolhidas por IA
Por Paula Arend Laier
SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa recuava nesta segunda-feira, com o noticiário sobre as tarifas comerciais norte-americanas ocupando as atenções e após renovar máximas históricas na última sexta-feira, quando fechou acima dos 141 mil pontos pela primeira vez.
Por volta de 11h55, o Ibovespa, referência do mercado acionário brasileiro, cedia 0,63%, a 140.377,58 pontos. O volume financeiro somava R$5,46 bilhões.
O presidente Donald Trump afirmou no domingo que os Estados Unidos estão perto de finalizar vários acordos comerciais nos próximos dias e notificarão outros países sobre as tarifas mais altas até 9 de julho, que entrarão em vigor em 1º de agosto.
De acordo com a analista sênior Ipek Ozkardeskaya, do Swissquote Bank, nunca se pode ter certeza de que o que é dito agora ainda será verdade daqui a um minuto.
"E não se pode contar que as tarifas anunciadas nas próximas horas permaneçam inalteradas por mais de um dia. Essa é a realidade — e as manchetes mais recentes não apontam para um caminho tranquilo", apontou em relatório a clientes.
Ozkardeskaya destacou, contudo, a ameaça de Trump de uma tarifa adicional de 10% aos países que se alinharem ao que o presidente norte-americano chamou de "políticas antiamericanas" do grupo Brics.
"O drama comercial provavelmente não desaparecerá tão cedo. Essa incerteza continuará obscurecendo a visibilidade", afirmou.
O BB Investimento destacou que o Ibovespa encerrou o primeiro semestre em alta, consolidando um canal que se iniciou em janeiro, aos 118 mil pontos, firmando-se nas últimas semanas na máxima histórica nominal, ao redor dos 140 mil pontos.
"No gráfico semanal, as médias móveis de curto e curtíssimo prazo (do Ibovespa) estão próximas a cruzarem para baixo, sinalizando uma possível realização dentro da tendência", acrescentam em relatório a clientes.
Eles destacaram, contudo, que a força do movimento e o respaldo positivo dos indicadores técnicos MACD (Moving Average Convergence Divergence) e IFR (Índice de Força Relativa) sinalizam que ainda há espaço para o Ibovespa seguir subindo.
DESTAQUES
- VALE ON (BVMF:VALE3) recuava 0,53%, acompanhando os futuros do minério de ferro na China, onde o contrato mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian encerrou o dia com queda de 0,68%, a 731 iuanes (US$101,92) a tonelada, em meio a preocupações renovadas relacionadas à demanda.
- PETROBRAS PN (BVMF:PETR4) subia 0,09%, em dia de alta dos preços do petróleo no exterior, com o barril do Brent avançando 1,49%, a US$69,32.
- BANCO DO BRASIL ON (BVMF:BBAS3) era negociada em baixa de 1,34%, com o setor como um todo no vermelho. ITAÚ UNIBANCO PN (BVMF:ITUB4) cedia 0,8%, BRADESCO PN (BVMF:BBDC4) perdia 0,18% e SANTANDER BRASIL UNIT (BVMF:SANB11) mostrava declínio de 0,41%.
- ENGIE BRASIL ON (BVMF:EGIE3) caía 3,87%, em nova sessão de correção, após uma série de altas desde o final de junho. Na última sexta-feira, o papel fechou em baixa de 5,16%, encerrando uma série de seis pregões de ganhos, período em que acumulou uma valorização de 14,2%.
- BRF ON (BVMF:BRFS3) subia 3,78%, no segundo pregão de recuperação após um começo mais negativo no mês, com queda de 4,7% nos primeiros pregões do mês. No setor, MARFRIG ON (BVMF:MRFG3), em vias de incorporar a BRF, ganhava 2,61% e MINERVA ON (BVMF:BEEF3) tinha alta de 1,55%.
- BRASKEM PNA (BVMF:BRKM5) avançava 1,83%, após anunciar que a acionista controladora Novonor comunicou à empresa que a NSP Investimentos e o fundo de investimento Petroquímica Verde pediram autorização ao Cade para uma potencial transação envolvendo as ações da Novonor na petroquímica.
(Por Paula Arend Laier, edição Michael Susin)