Ibovespa recua com aumento de tensão no Oriente Médio, Petrobras é contrapeso

Publicado 13.06.2025, 10:17
Atualizado 13.06.2025, 11:10
© Reuters. Painel de cotações na B3, em São Paulon06/07/2023 REUTERS/Amanda Perobelli

Por Paula Arend Laier

SÃO PAULO (Reuters) - O sinal negativo prevalecia na bolsa paulista nesta sexta-feira, contaminada pela aversão a risco global em meio ao aumento da tensão geopolítica após Israel atacar o Irã, mas o Ibovespa tinha a perda atenuada pelo avanço robusto da Petrobras, em meio à disparada do petróleo com noticiário no Oriente Médio.

Por volta de 10h45, o Ibovespa, referência do mercado acionário brasileiro, cedia 0,14%, a 137.608,13 pontos. Mais cedo, na mínima, chegou a 137.057,64 pontos. O volume financeiro somava R$3,66 bilhões.

Israel lançou uma série de ataques contra o Irã na madrugada desta sexta-feira (ainda quinta-feira em Brasília), dizendo que atingiu instalações nucleares e fábricas de mísseis e que matou uma série de comandantes militares no que pode ser uma operação prolongada para impedir que Teerã construa uma arma atômica.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, principal aliado de Israel, sugeriu que o Irã havia provocado o ataque ao resistir a um ultimato dos EUA em negociações para restringir seu programa nuclear. Washington afirmou, no entanto, que não teve participação na operação.

O Irã prometeu uma resposta dura ao ataque noturno, que matou os chefes de suas Forças Armadas e da poderosa Guarda Revolucionária, e Israel disse que cerca de 100 drones foram lançados em direção ao território israelense em retaliação.

"A semana vai chegando ao fim em meio a um clima bastante tenso no exterior..", destacou a Ágora Investimentos em relatório enviado a clientes nesta sexta-feira.

"Diante desse ambiente é muito improvável que os ativos brasileiros prosperem hoje, embora o desempenho das principais commodities possa servir como um contraponto importante e amortecer os efeitos nos preços", acrescentou.

Nos EUA, o S&P 500, uma das referências do mercado acionário norte-americano, caía 0,72% nos primeiros negócios, enquanto o rendimento do título de 10 anos do Tesouro dos EUA avançava a 4,3888%, de 4,357% na véspera.

Na cena brasileira, a equipe da Ágora apontou que investidores seguem atentos à falta de consenso entre o governo e o Congresso sobre medidas fiscais anunciadas recentemente.

DESTAQUES

- PETROBRAS PN (BVMF:PETR4) avançava 2,96% e PETROBRAS ON (BVMF:PETR3) subia 3,59%, apoiadas pela disparada dos preços do petróleo no exterior, em meio ao aumento das tensões no Oriente Médio. O barril de Brent saltava 7,02%, a US$74,23. A estatal também atualizou valor do dividendo por ação que será pago no próximo dia 20, para R$0,37 por ação de R$0,35 antes.

- VALE ON (BVMF:VALE3) perdia 0,89%, contaminada pela aversão a risco global. O contrato mais negociado na bolsa de Dalian, na China, encerrou as negociações diurnas com declínio de 0,14%, a 703 iuanes (US$97,90) a tonelada.

- ITAÚ UNIBANCO PN (BVMF:ITUB4) cedia 1,09%, pressionado pelo clima negativo generalizado na bolsa paulista, com BRADESCO PN (BVMF:BBDC4) apurando queda de 1,21%, SANTANDER BRASIL UNIT (BVMF:SANB11) registrando baixa de 0,94% e BANCO DO BRASIL ON (BVMF:BBAS3) perdendo 0,14%.

- MAGAZINE LUIZA ON (BVMF:MGLU3) recuava 3,88%, em meio ao avanço das taxas dos contratos de DI, contaminados pelo ambiente avesso a risco, o que minava ações de empresas sensíveis a juros. O índice do setor de consumo perdia 0,85%.

- B3 ON (BVMF:B3SA3) caía 0,54%, tendo no radar dados operacionais de maio divulgados pela empresa, bem como aprovação pelo conselho de administração da companhia de R$378,5 milhões em juros sobre capital próprio (JCP), com pagamento previsto para 7 de julho com base na posição acionária de 23 de junho.

- MRV&CO ON (BVMF:MRVE3) valorizava-se 0,34%, com agentes também analisando autorização do conselho de administração da construtora para a companhia realizar novas operações com derivativos lastreados em ações ou recomprar, a preço de mercado, até o limite de 6,08 milhões de papéis. O índice do setor imobiliário recuava 1,02%.

- SUZANO (BVMF:SUZB3) ON subia 3,44%, endossada por "upgrade" de analistas do Goldman Sachs (NYSE:GS), que elevaram a recomendação das ações para compra e o preço-alvo de R$63 para R$65, citando potencial de recuperação cíclica dos preços de celulose e valuation atrativo.

- MÉLIUZ ON, que não está no Ibovespa, caía 5,11%, após precificar na véspera oferta primária de ações a R$7,06 por papel (desconto de cerca de 5% ante o fechamento da quinta-feira), levantando R$180,08 milhões. Conforme divulgado anteriormente pela companhia, o objetivo do follow-on era levantar recursos para aquisição de bitcoins.

- JBS (BVMF:JBSS3) era negociada a US$13,55, em sua estreia na Bolsa de Valores de Nova York nesta sexta-feira, já tendo sido cotada desde o início dos negócios a US$14,16 na máxima e US$13,6 na mínima. A ação abriu a US$13,65.

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