Ibovespa recua com tombo de BB após balanço; Marfrig dispara por plano de incorporar BRF

Publicado 16.05.2025, 12:35
© Reuters. Sede da B3n09/03/2021nREUTERS/Amanda Perobelli

Por Paula Arend Laier

SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa recuava nesta sexta-feira, com Banco do Brasil em destaque na ponta negativa tombando 12% após resultado abaixo das previsões e suspensão de previsões para o desempenho em 2025, enquanto Marfrig disparava após anunciar que vai incorporar a BRF, criando uma gigante do setor.

Por volta de 12h20, o Ibovespa, referência do mercado acionário brasileiro, cedia 0,97%, a 137.983,35 pontos. O volume financeiro somava R$11,39 bilhões, em pregão também marcado pelo vencimento de opções sobre ações.

De acordo com analistas do Itaú BBA, o Ibovespa tem suporte inicial em 136.300 pontos. "A perda desse nível pode iniciar uma realização de lucros mais acentuada, com potencial para buscar a região de 132.800 pontos, patamar que sustenta a tendência de alta no curto prazo", afirmaram no relatório Diário do Grafista

DESTAQUES

- BANCO DO BRASIL ON (BVMF:BBAS3) afundava 12,18%, chegando a perder R$23 bilhões em valor de mercado no pior momento, após resultado bem abaixo das previsões no mercado, com o banco de controle estatal suspendendo várias previsões sobre o desempenho em 2025. O BB relacionou o desempenho pior no primeiro trimestre, bem como a suspensão de previsões, ao agravamento da inadimplência de parte da carteira de agronegócios acima do esperado em 2025 e à vigência de novas regras contábeis.

- MARFRIG ON (BVMF:MRFG3) disparava 18,25%, tendo renovado máxima histórica intradia, após anunciar que vai incorporar a BRF, formando a MBRF, uma empresa global do setor de carnes e alimentos processados com receita de R$152 bilhões. BRF ON (BVMF:BRFS3) caía 2,81%. Ainda no radar estavam os resultados do primeiro trimestre de ambas as empresas divulgados na véspera e confirmação pelo Brasil da primeira detecção do vírus da influenza aviária de alta patogenicidade em granja comercial.

- ITAÚ UNIBANCO PN (BVMF:ITUB4) caía 0,27%, com o viés negativo prevalecendo no setor. BRADESCO PN (BVMF:BBDC4) cedia 0,46%, SANTANDER BRASIL UNIT (BVMF:SANB11) perdia 1,28% e BTG PACTUAL (BVMF:BPAC11) UNIT era negociada em baixa de 2,02%.

- COSAN ON (BVMF:CSAN3) recuava 3,37%, após reportar na véspera prejuízo líquido de R$1,8 bilhão no primeiro trimestre deste ano, bem acima do prejuízo de R$192 milhões um ano antes.

- CYRELA ON (BVMF:CYRE3) subia 0,55%, após mostrar aumento de 23% no lucro líquido do primeiro trimestre em comparação com o mesmo período do ano passado, para R$328 milhões. A média das projeções compiladas pela LSEG apontava lucro líquido de R$358 milhões.

- VALE ON (BVMF:VALE3) recuava 0,81%, acompanhando a queda do contrato de minério de ferro mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian, na China, que encerrou as negociações do dia com queda de 0,95%, a 728 iuanes (US$101,11) a tonelada, registrando um aumento semanal de 4,5%.

- PETROBRAS PN (BVMF:PETR4) perdia 0,31%, mesmo com a alta dos preços do petróleo no exterior, onde o barril de Brent subia 0,84%. A estatal disse nesta sexta-feira que vai aportar R$557 milhões em parada programada de manutenção na Refinaria Alberto Pasqualini (Refap), em Canoas (RS), que ocorrerá a partir de domingo até o início de agosto.

- MÉLIUZ ON disparava 25,15%, após anunciar a aquisição de US$28,4 milhões em bitcoin, no que chamou de seu "primeiro ato como uma bitcoin treasury company", após acionistas aprovarem uma alteração do objeto social da companhia para contemplar a possibilidade de investimentos na criptomoeda como parte de sua estratégia de negócios.

- GOL (BVMF:GOLL4) PN subia 5,26%, com agentes repercutindo anúncio da companhia aérea de que assegurou financiamento de US$1,9 bilhão junto a credores e investidores para poder deixar o processo de recuperação judicial iniciado nos Estados Unidos no ano passado.

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