Juro da dívida bate recorde e deficit nominal supera R$ 1 trilhão
Por Paula Arend Laier
(Reuters) - O Ibovespa renovou máxima histórica nesta quarta-feira, aproximando-se dos 149 mil pontos, em pregão marcado por decisão do Federal Reserve à tarde, com Hypera e Santander Brasil entre os destaques positivos após resultados melhores do que o esperado no terceiro trimestre.
Por volta de 12h, o Ibovespa, referência do mercado acionário brasileiro, subia 0,89%, a 148.740,32 pontos, tendo chegado a 148.749,85 pontos na máxima até o momento. O volume financeiro somava R$7,07 bilhões.
O banco central dos Estados Unidos anuncia decisão de política monetária às 15h (de Brasília), seguida por coletiva de imprensa meia hora do chair do Fed, Jerome Powell. No mercado, prevalece a aposta de queda da taxa de juro em 0,25 ponto percentual, para a faixa de 3,75% a 4,00%.
Em Wall Street, o S&P 500, uma das referências do mercado acionário norte-americano, tinha alta de 0,23%.
Na visão da analista sênior Ipek Ozkardeskaya, do Swissquote, o rali nos mercados pode ganhar um pouco de reforço se o Federal Reserve adotar um tom suficientemente "dovish".
DESTAQUES
- SANTANDER BRASIL UNIT subia 2,52%, tendo no radar o balanço do terceiro trimestre, com lucro líquido gerencial de R$4,01 bilhões, melhor que o previsto por analistas. O CEO, Mario Leão, afirmou que o banco segue focado em atingir rentabilidade sobre o patrimônio de 20% no médio prazo, após encerrar o trimestre com 17,5%.
- HYPERA ON avançava 2,31% após reportar lucro líquido de operações continuadas de R$453,9 milhões no terceiro trimestre, acima das previsões no mercado. A farmacêutica disse que está otimista em conseguir obter aprovação para venda de medicamentos emagrecedores baseados em semaglutida logo depois da queda da patente no Brasil, prevista para março de 2026.
- BRADESCO PN mostrava acréscimo de 0,71% antes da divulgação do resultado de julho a setembro após o fechamento. Ainda no setor, BANCO DO BRASIL ON tinha alta de 1,81% e ITAÚ UNIBANCO PN valorizava-se 1,51%, com dados de crédito do Banco Central também no radar. BTG PACTUAL UNIT subia 2,21%.
- VALE ON avançava 1,82%, endossada pelos futuros do minério de ferro na China, em meio ao otimismo para um acordo comercial entre as duas maiores economias do mundo, tendo no radar encontro previsto para a quinta-feira entre os presidentes Donald Trump e Xi Jinping. O contrato de minério mais negociado em Dalian subiu 1,96%.
- PETROBRAS PN tinha elevação de 0,2%, em dia de alta do petróleo no exterior, onde o barril sob o contrato Brent subia 1,01%. De acordo com um executivo da estatal, a Petrobras está em fase final de elaboração de seu novo plano estratégico para o período de 2026 a 2030 e deve manter grandes investimentos em refino, mas buscará cortar custos.
- MBRF ON caía 1,84%, após disparar nos últimos dois pregões com acordo envolvendo fundo soberano da Arábia Saudita. No setor, MINERVA ON recuava 1,69% e JBS, que é listada nos EUA, perdia 1,02%.
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(Por Paula Arend Laier, edição Michael Susin)
