SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa renovava máximas da sessão na tarde desta segunda-feira, buscando firmar-se em alta, apoiado na alta de ações de bancos, após dados chineses pressionarem negativamente a primeira etapa da sessão.
Às 15:07, o Ibovespa subia 0,25%, a 118.006,88 pontos. Mais cedo, no pior momento, chegou a 116.591,12 pontos. Na máxima, alcançou 118.302,34 pontos. O volume financeiro somava 11,8 bilhões de reais.
Entre os grandes bancos de varejo, Santander Brasil (BVMF:SANB11) Unit capitaneava as altas, com elevação de 2,22%, Bradesco (BVMF:BBDC4) PN subia 1,65% e Itaú Unibanco (BVMF:ITUB4) PN avançava 1,31%.
Também entre os destaques positivos estava BTG Pactual (BVMF:BPAC11) Unit, em alta de 1,69%.
Na visão do analista da CM Capital Pedro Canto, o bom desempenho do setor é pautado pelas expectativas em relação aos resultados do segundo trimestre, com as atenções voltando-se particularmente "para qualquer sinal de estabilização da inadimplência e melhora da rentabilidade nesse período".
Ele acrescentou que os resultados dos grandes bancos norte-americanos -- a temporada de balanços acabou de começar nos Estados Unidos -- também contribuiu para o sentimento positivo no setor.
Papéis cíclicos domésticos, sensíveis à taxa Selic, também experimentavam uma correção positiva no pregão, após ajustes marcarem a primeira quinzena do mês, entre eles CVC Brasil (BVMF:CVCB3) , com ganho de 2,62%, após acumular declínio de 13% em julho até a última sexta-feira.
As negociações na bolsa paulista tinham como pano de fundo a divulgação do IBC-BR, sinalizador do PIB calculado pelo Banco Central, mostrando uma contração da economia brasileira em maio, o que trazia alívio na curva de DI e reforçava as expectativas de redução da taxa Selic em agosto.
"Embora um corte na taxa básica de juros seja amplamente esperado em agosto, acreditamos que os dados de hoje reforçam nossa visão de um corte de 50 pontos-básicos", afirmou o Bank of America (NYSE:BAC) em nota a clientes.
Na coluna negativa, Vale ON (BVMF:VALE3) caía 1,14%, na esteira do recuo dos futuros do minério de ferro, após dados considerados fracos sobre a economia chinesa no segundo trimestre e no mês passado.
Canto afirmou que o PIB da China abaixo do esperado penalizou as commodities ao redor do mundo e, como era de se esperar, o Ibovespa não deixou de sentir os efeitos.
Petrobras PN (BVMF:PETR4), por sua vez, perdia 0,31%, afastando-se das mínimas do dia, quando chegou a cair 3,8%. No exterior, os preços do petróleo recuavam também seguindo as divulgações na China.
Análise gráfica do Itaú BBA observou que, "apesar da fragilidade do Ibovespa na última semana, o viés positivo do mercado americano e o fechamento acima de suporte do índice ainda dão um conforto de que o cenário altista segue em curso".
"Porém, com ressalvas e vale a pena chamar atenção para uma realização mais forte", acrescentaram em relatório a clientes mais cedo nesta segunda-feira.
(Por Paula Arend Laier)