Por Paula Arend Laier
SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa mostrava um acréscimo discreto nesta quarta-feira, marcada pelo vencimento de opções sobre o índice, com petrolíferas entre os suportes positivos na esteira do avanço do petróleo no exterior, enquanto Vale era um contrapeso negativo em razão do declínio dos futuros do minério de ferro.
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Às 10h45, o Ibovespa subia 0,19%, a 127.909,12 pontos. O volume financeiro somava 2,45 bilhões de reais.
No exterior, o S&P 500 cedia 0,14% em Wall Street, após renovar máxima de fechamento na véspera, em dia de agenda esvaziada, enquanto os pregões na Europa tinham um viés positivo, mas os mercados no Japão e na China encerraram a quarta-feira no vermelho.
"A ausência de um forte referencial externo, somada aos sinais mistos vindos das principais commodities para o Ibovespa, podem limitar a tomada de risco por aqui", afirmou a equipe da Ágora Investimentos em relatório a clientes.
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DESTAQUES
- PETROBRAS PN (BVMF:PETR4) avançava 0,38%, a 36,96 reais, em dia de alta dos preços do petróleo no exterior, enquanto agentes financeiros continuam monitorando noticiário envolvendo a decisão da empresa de não distribuir dividendos extraordinários e colocar os recursos em uma reserva estatutária. O Globo noticiou que a Petrobras estuda a criação de um novo fundo para receber recursos de dividendos extraordinários com foco em investimentos. No setor, PRIO ON (BVMF:PRIO3) subia 2,55%, PETRORECONCAVO ON valorizava-se 3,33% e 3R PETROLEUM ON (BVMF:RRRP3) tinha elevação de 1,02%.
- VALE ON (BVMF:VALE3) caía 0,76%, a 60,38 reais, em mais um dia no qual os preços futuros do minério de ferro caíram na China nesta quarta-feira devido a temores de uma redução na demanda pelo principal consumidor da commodity. O contrato mais negociado na Dalian Commodity Exchange encerrou as negociações do dia em queda de 2,53%, a 807,5 iuans (112,29 dólares) por tonelada, mínima desde agosto de 2023. Investidores também seguem atentos a ruídos sobre o processo de sucessão do presidente-executivo da mineradora.
- ITAÚ UNIBANCO PN (BVMF:ITUB4) cedia 0,15%, a 34,36 reais, enquanto BRADESCO PN (BVMF:BBDC4) subia 0,78%, a 14,20 reais.
- NATURA&CO ON avançava 2,44%, a 18,93 reais, com agentes financeiros ainda repercutindo os resultados e perspectivas da fabricante de cosméticos para 2024. Analistas do Citi estimam que a empresa pagará um montante máximo de 908 milhões de reais de impostos no primeiro trimestre de 2024 relacionado ao ganho de capital com a venda da Aesop - metade da estimativa anterior de 1,875 bilhão de reais da equipe do banco norte-americano.
- MINERVA ON (BVMF:BEEF3) subia 1,47%, a 6,90 reais, tendo no radar anuncio pela companhia no final da terça-feira de que a China habilitou as fábricas de Araguaína (TO) e de Janaúba (MG) da companhia a exportarem carne bovina para aquele país. No setor, JBS ON (BVMF:JBSS3) tinha elevação de 1,55% e MARFRIG ON (BVMF:MRFG3) mostrava acréscimo de 2,38%.
- GPA (BVMF:PCAR3) ON caía 2,62%, a 3,35 reais, tendo chegado a 3,33 reais na mínima até o momento, menor cotação intradia desde o final de novembro do ano passado. O varejista precifica nesta quarta-feira oferta de ações, que terá os recursos destinados para reduzir sua alavancagem financeira, por meio do pré-pagamento de contratos financeiros mantidos com instituições financeiras.
- ENERGISA UNIT (BVMF:ENGI11) caía 1,78%, a 49,76 reais, após divulgar lucro líquido ajustado recorrente de 508,3 milhões de reais no quarto trimestre do ano passado, queda de 5,1% contra igual período um ano antes, Desconsiderando ajustes, o lucro foi de 729,1 milhões de reais, uma alta de 50,3%.
- RANDONCORP PN, que não está no Ibovespa, recuava 3,53%, a 11,21 reais, também após reportar o balanço dos últimos três meses de 2023, com analistas do Itaú BBA afirmando ser um "trimestre para esquecer". A fabricante de implementos rodoviários, contudo, divulgou previsões para 2024, que, de acordo com a equipe do Itaú BBA implicam Ebitda entre 1,6 bilhão e 2 bilhões de reais.